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Conteúdo 12 de agosto de 2010

Vendas do varejo brasileiro sobem 11,3% em junho

Números do IBGE mostram que as vendas do varejo brasileiro tiveram em junho um crescimento de 11,3% em relação ao mesmo período do ano passado, fazendo com que o acumulado de 2010 ficasse em 11,5% sobre o primeiro semestre de 2009, no melhor resultado desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), no ano 2000.

“O ritmo forte e sustentável de expansão do varejo brasileiro reflete a contínua melhoria das condições macroeconômicas do país, com maior volume de crédito; juros mais baixos; aumento da renda da população; confiança do consumidor em alta; e também influenciado pela Copa do Mundo”, comenta Luiz Goes, sócio-sênior e diretor da GS&MD – Gouvêa de Souza, consultoria especializada em varejo e distribuição.

Mais uma vez, o desempenho do varejo brasileiro ficou acima do desempenho das principais economias do mundo. Nos Estados Unidos, as vendas do varejo cresceram 4,65% na comparação com junho de 2009, enquanto nos países da Zona do Euro houve alta de 0,4% em relação ao ano passado.

Em junho, o setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo foi um dos únicos, ao lado do segmento Outros, a crescer mais aceleradamente que em maio. “A massa salarial avançou 6,9% em junho, no maior crescimento em quase um ano e meio. Esse é um fator que influencia diretamente o desempenho do segmento”, comenta Goes.

Outro segmento que vem em um momento bastante favorável é o de Artigos farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos e de Perfumaria, que, com uma expansão de 10,3% em junho na comparação anual, completou três anos consecutivos de crescimento acima de 8%. “Esse é mais um sinal claro de que a economia vem em uma trajetória ascendente, mesmo em um período em que a crise financeira global poderia ter provocado um desaquecimento”, afirma.

Entre os setores mais dependentes de crédito, o destaque ficou para Móveis e Eletrodomésticos, com alta de 17% na comparação anual. “Vale ressaltar que um ano atrás as vendas vinham sendo alavancadas pela redução do IPI. Por outro lado, em junho de 2010 a taxa média de juros para pessoas físicas atingiu o menor valor da história, com 40,4%, segundo o Banco Central; e houve um impulso por conta da Copa”, analisa o consultor.

O setor de Material de Construção apresentou avanço de 12,2%, no oitavo mês consecutivo de crescimento, consolidando uma recuperação depois de um 2009 bastante ruim. “O setor mantém a isenção de IPI para diversas categorias de produtos, ampliando o acesso às compras em um cenário econômico mais favorável”, explica Goes.

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