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Investimento 28 de outubro de 2022

Vixtra levanta R$ 16 milhões e mira em pequeno e médio importador

A Vixtra, fintech de comércio exterior, acaba de levantar R$ 16 milhões em uma rodada pré-Série A liderada pela Valor Capital, gestora fundada por Clifford Sobel (que já investiu em unicórnios como a Gympass, Olist, CloudWalk e Merama), com participação do Fontes II, fundo da QED Investors dedicado à investimentos seed na América Latina. O aporte vem após uma rodada pré-seed captada pela Vixtra em 2021.

A fintech já havia levantado outros R$ 35 milhões entre equity e dívida, com investidores anjos – sócios da Sertrading (uma das maiores trading companies do país) – e com asset managers brasileiras, que aportaram capital em cotas de um FIDC estruturado pela própria Vixtra. Agora, com o novo investimento, a empresa planeja acelerar o volume transacionado na sua solução de pagamento e crédito para comércio internacional, além de aprimorar serviços na plataforma a fim de beneficiar importadores, facilitando o fluxo de caixa de cada negócio.

“Os importadores na América Latina possuem uma alta necessidade de capital de giro, pois não conseguem prazo para pagamento com seus fornecedores internacionais. Além disso, demandam uma alta variedade de serviços. Neste sentido, temos transformado a realidade de muitos negócios por meio de uma plataforma completa de serviços além da oferta de crédito colateralizado para o comércio internacional, de forma desburocratizada”, explica Leonardo Baltieri, cofundador da Vixtra.

Fundada por Leonardo Baltieri, Guilherme Rosenthal e Caio Gelfi, a Vixtra funciona como um meio de pagamento na relação entre importador e exportador, permitindo que importadores no Brasil paguem suas compras em até 120 dias e que seus fornecedores internacionais recebam à vista, principalmente nos segmentos de pneus, químicos, metais e eletrônicos — vindos sobretudo da Ásia. Além disso, a Vixtra permite aos importadores terem acesso a diversos serviços relacionados ao comércio internacional em uma única plataforma, consolidando suas operações.

“Nossa expectativa é aumentar em 20 vezes o volume mensal transacionado até o primeiro semestre de 2023 e expandir para novos mercados, mantendo uma inadimplência muito baixa”, prossegue. Baltieri acrescenta que a Vixtra já transacionou e financiou “milhões de reais e até o momento não teve uma única perda com inadimplência”.

Tecnologia em favor dos sistemas de comércio exterior     

A pandemia acelerou a digitalização de diversos setores da economia. Com o Comércio Exterior, o cenário não foi diferente. A Vixtra, que tem na tecnologia um de seus pilares de desenvolvimento, também usará os recursos para fortalecer ainda mais seus sistemas.

“A Vixtra é, acima de tudo, uma empresa de tecnologia. O mundo do comércio internacional sempre foi muito analógico e, desde o início, nós acreditamos que trazer tecnologia para esse ambiente seria transformacional. Seja para trazer mais eficiência por meio do desenvolvimento de software ou para trazer confiança, através do uso intensivo de dados. ”, destaca Rosenthal. 

A digitalização de diversas bases de dados de comércio internacional acelerou nos últimos anos, criando novas oportunidades para a fintech. Isso porque a Vixtra cruza diversos dados, tanto nacionais quanto internacionais, para oferecer crédito para importação de forma muito mais assertiva. “Na Vixtra, nós olhamos todo o histórico de transação entre importadores e exportadores e, com isso, somos o meio pelo qual um fornecedor internacional consegue dar prazo para clientes que estão do outro lado do mundo. Nós concedemos crédito olhando para a performance e não somente para demonstrações financeiras comuns. Além disso, em nossa plataforma, o importador gerencia seus processos de importação e tem acesso a fornecedores de serviços de comércio exterior, o que nos traz ainda mais visibilidade e controle”, afirma Gelfi.

Crescendo mais de 30% em 2022, o mercado de importação brasileiro movimentou cerca de US$ 220 bilhões somente em 2021, de acordo com o Ministério da Economia. Esse resultado se deve às mais de 42 mil empresas brasileiras importadoras, sendo que mais de 90% delas importam um volume inferior a US$ 10 milhões por ano e, como pequenas e médias empresas, possuem acesso muito restrito a crédito e prazos de pagamento. Vale destacar que o volume de importação no Brasil tem muito espaço para crescer pois, de acordo com o Banco Mundial, o país importa anualmente somente 15% do PIB, enquanto a média mundial é de 29%.

“Atualmente, o Brasil movimenta mais de 1 trilhão de reais por ano em volume de importação, com muito espaço para crescimento futuro dados os nossos níveis atuais de abertura econômica. Desse total, centenas de bilhões de reais são transacionados por empresas pequenas e médias, que enfrentam diversos desafios durante todo o processo, desde a contratação de prestadores de serviços logísticos e mapeamento da mercadoria, até acesso à soluções financeiras como crédito para otimizar fluxo de caixa, ou contratação de câmbio de forma eficiente e a preços justos”, afirma Carlos Costa, Principal na Valor Capital, um dos investidores líderes na rodada. “Nesse contexto, estamos muito animados em poder apoiar a Vixtra e seu time de Fundadores muito experientes em fintech e comércio exterior, na jornada de desenvolver uma plataforma robusta de apoio às PMEs brasileiras acessarem uma série de soluções financeiras e serviços focados em importação, e contribuir para o ecossistema brasileiro de comércio exterior”, completa.

Com altas expectativas para esse novo momento, Gelfi conclui, afirmando que “o aporte permitirá à Vixtra avançar ainda mais a concessão de crédito para os atuais e novos clientes, contribuindo para trazer o Brasil próximo ao patamar de importação de países desenvolvidos”.

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