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Conteúdo 30 de julho de 2008

Arnaldo Schmitt Júnior – Porto de Itajaí

O Porto de Itajaí está com um novo superintendente. Trata-se de Arnaldo Schmitt Júnior, engenheiro agrônomo que já foi deputado estadual e federal, secretário de Meio Ambiente de Santa Catarina e prefeito de Itajaí nas décadas de 80 e 90, quando concretizou o processo de municipalização do complexo portuário, administrado até então pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).

Agora, Arnaldo encontra um porto completamente diferente do que deixou para seus sucessores há 12 anos. Mais moderno e com maior movimentação de cargas, Itajaí ganhou projeção no cenário nacional, mas parte dessa credibilidade foi arranhada em 2008 com as operações Iceberg e Influenza, da Polícia Federal, que levaram para a prisão o ex-superintendente Wilson Francisco Rebelo.

Arnaldo Schmitt assume a superintendência para devolver a credibilidade ao complexo de Itajaí, com carta branca para investigar tudo que foi feito de errado e a obrigação de dar ao porto o destaque que ele merece, tirando-o das páginas policiais. Abaixo, o internautra pode conferir a primeira parte da entrevista exclusiva. Confira.


Como é voltar ao porto que o senhor ajudou a municipalizar?

É a mesma coisa que você adotar um filho, cuidar bem dele e, ao perceber sua independência, deixá-lo com outros e acabar percebendo que ele ficou adoentado, com problemas. Eu resisti a aceitar esse convite, mas agora estou com muita vontade de colocar esse barco no rumo certo.

O que melhorou no porto desde a municipalização até hoje?

Bem, eu ainda estou tomando ciência de tudo que foi feito por aqui, então não posso dizer algo que já tenha melhorado. Mas estamos caminhando a passos firmes para que venham coisas boas pela frente.

O senhor tinha outros planos para sua vida no momento?

Eu vou repetir o que aconteceu no Natal do ano passado. Um animador me perguntou o que eu fazia da vida. Eu não queria dizer que já tinha sido prefeito e disse a ele que sempre cuidei da vida dos outros. Aí, ele retrucou, questionando o que eu fazia hoje. Eu disse que agora eu estava cuidando da minha vida. Mas deixei isso de lado agora, para recuperar o Porto de Itajaí.

Como reagiu às denúncias contra os antigos administradores do Porto de Itajaí?

Eu senti muita tristeza. Eu vou até voltar no tempo para falar sobre isso. Depois da municipalização, ainda fiquei dois anos à frente da prefeitura, gerenciando o Porto de Itajaí. Mas, vi que nos oito anos seguintes não foi investido praticamente nada na melhoria do porto. Eu sabia que esse porto não poderia ir para frente sem investimentos de longo prazo. Só o atual prefeito é que voltou a olhar para o porto como ele deve. A falta de prioridade já me deixava bem triste, assim como a nomeação do último superintendente [Wilson Francisco Rebelo].

Como assim?
Porque diziam que ele era bom, bem falante, mas eu o conhecia de longa data. Eu torcia para ele desse certo, mas sabia que era algo muito difícil. O resultado foi aquela desgraça toda que conhecemos. É a mesma coisa que alguém de sua família caia em desgraça na boca dos outros. Assim ficou o nosso porto. E na verdade, o porto não tinha nada a ver com aquilo, as coisas ruins eram da pessoa. Usando um linguajar chulo, o porto nada tinha a ver com os trambiques dele. Mas como ele era superintendente, acabou levando para as manchetes ruins o Porto de Itajaí. Entretanto, tenho certeza que ocuparemos a mídia com notícias positivas novamente.

 

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

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