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Conteúdo 25 de maio de 2009

As três regras de ouro do Sandoval!

Luis Sandoval, presidente do Grupo Silvio Santos há mais de 25 anos já foi mascate, engraxate, vendedor. Pagou sozinho seu curso de direito, tomou conta dos familiares, tudo isso, ainda muito jovem. Morou em pensão, virou exemplo e líder raro de se ver, que supera o tempo, supera a si mesmo e as condições de vida que o envolviam na sua infância e juventude.

No início das aulas da FGV, convidamos o Sandoval para dar uma palestra inaugural. E lá foi ele! Sem slides, simples, sem nenhum curso de como falar em público, saiu aplaudidíssimo pelos estudantes, que reclamaram que o tempo dele havia sido curto demais! Sandoval contou histórias. Histórias de vida real! E como me ressinto da falta delas hoje em dia. Gente que mergulha nas realidades e nas adversidades e sai conquistador de virtudes. As conversas com o Sandoval são altamente inspiradoras. Tanto que, com a autorização dele, gostaria de compartilhar com todos os nossos leitores, o que considero três regras de ouro da liderança, que são fundamentais para todos os momentos, mas que agora – no meio da crise, tem um sentido de oportunidade ainda maior.

As “três regras de ouro do Sandoval”:

1- É preciso transformar todo diretor ou alto executivo da companhia em vendedor. As vendas têm para Sandoval uma importância única: “é o melhor dinheiro, é o recurso saudável de uma empresa!” Ele criou um Centro de Serviço Compartilhado, nas empresas que dirige, e colocou toda a “burocracia” ligada ao presidente, diretamente. Com isso a ideia é liberar o melhor do talento de todo seu alto comando para buscar e fazer negócios. Os executivos em média utilizam 30% do seu tempo útil para a empresa, o resto é agenda pessoal, reuniões e discussões internas. Comprometer o alto comando com as vendas e tirar deles as “âncoras” internas, é vital para transformar uma empresa, dando a ela prazer pelas vendas.

2- Tem custo bom e custo ruim: Numa crise, é preciso “sentar em cima do caixa”. Cortar despesas, enxugar. Porém, é preciso discernir entre o que é a boa despesa e o que é a má despesa. O que é urgente versus importante, e como esse “importante” retorna no tempo. Um investimento e suas despesas realizadas equivocadamente podem matar uma companhia. A sua realização de forma capaz significa salvar a empresa nas horas difíceis.

3- A lei do retorno. Essa regra de ouro do Sandoval é emocionante. Ele afirma que na sua história, pessoal, profissional e empresarial, sempre obteve retornos extraordinários por manter uma conduta de respeito, de ética e de nunca deixar qualquer pessoa sem a sua atenção e dedicação.

Altos dirigentes virando vendedores, separar o custo bom do ruim e a lei do retorno são regras de ouro de um líder sábio, cujas obras falam por si.
Nas épocas boas, desenvolvemos os talentos, nas horas difíceis formamos o caráter. A crise é a mãe da evolução, momento de aprender e crescer muito.

José Luiz Tejon – Professor da FGV e da ESPM e autor de 12 livros, entre eles “A grande virada”, recente publicação da Editora Gente
monicaf@ciadainformacao.com.br

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