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Conteúdo 19 de março de 2009

Crise gera falta de vagas, mas e a falta de ética, o que fazer com ela?

A pergunta que todos que estão no mercado de trabalho devem se fazer é: será que sou ético? E, entendendo que Ética é um conjunto de valores cujo princípio básico é o respeito ao próximo, deveriam pensar, ou repensar, a trajetória de suas carreiras. Por mais paradoxal que possa parecer, quem comete pequenos deslizes em relação a esse assunto são as pessoas que estão em busca de novas oportunidades de emprego.

Seja para dar início a sua vida profissional ou alcançar novos objetivos, as entrevistas de emprego ainda representam o primeiro passo rumo ao sucesso. Quem deixa de comparecer a um momento tão importante como esse, possivelmente não cumpre outras atividades que exigem mais determinação e comprometimento.

Ampliando essa discussão, vale lembrar que a vida em sociedade é pautada por regras e quando pensamos em uma empresa isso não é diferente. Desse modo, como os indivíduos podem almejar a ascensão dentro de uma organização se não estão dispostos a manter atitudes eticamente corretas?
 
Ao longo da minha carreira pude observar que os profissionais comprometidos; preocupados com a organização de suas tarefas, com os horários e, acima de tudo, que respeitavam as regras e pessoas, foram os que tiveram maior crescimento. Mas o que a maioria deles tem em comum com aqueles que estão no início de uma nova jornada? O processo seletivo, que é o primeiro contato entre o candidato e o seu possível futuro chefe. 

À frente de uma grande empresa do mercado de vagas de emprego descobri que cerca de 20% a 30% dos selecionados para uma entrevista simplesmente não aparecem. Entre aqueles que vão, 10% em média se atrasam. Salvo algumas exceções, isso é interpretado pelo empregador como algo muito ruim, dificultando a obtenção da oportunidade oferecida.
 
Na minha opinião, a pessoa que não consegue cumprir o que disse com quem conversou quando perguntado se poderia comparecer à entrevista, por exemplo, não conseguirá respeitar as normas internas da empresa e atender as suas expectativas.  Pode parecer exagerado, mas é exatamente essa a mensagem que o “ex-candidato” transmite.

Em meio a uma das piores crises econômicas dos últimos tempos, que até o momento já fez com que milhões de pessoas perdessem seus empregos, torna-se quase inaceitável que alguém perca uma oportunidade sem ao menos tentar.

É fato que a crise tem gerado uma diminuição intensa dos postos de trabalho ao redor do mundo, mas o interessante em momentos como esse é que o profissional também volte suas reflexões para outras questões, como a ética e o comprometimento.

Renato Grinberg é diretor Geral da Trabalhando.com.br e especialista em mercado de trabalho. É pós-graduado na UCLA (University of California, Los Angeles) com MBA pela University of Southern California, Marshall School of Business (USC). Aos 35 anos, Grinberg tem em seu currículo passagem por várias multinacionais, como a diretoria Geral da Latin American Multichannel Advertising Council (LAMAC), além de uma carreira internacional tendo trabalhado em empresas como a Sony Pictures e Warner Bros. em Los Angeles, onde foi gerente de Marketing.

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