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Conteúdo 4 de abril de 2024

Desafios e soluções para a logística da produção agrícola no Brasil

Marcelo Vieira, conselheiro executivo da eSales

 

São muitos os gargalos para o escoamento da produção agrícola no Brasil. Entre os principais desafios, estão as más condições da malha rodoviária, as longas distâncias que dividem a produção e as estruturas de armazenagem, variações climáticas, entre outros. Hoje, o Brasil ocupa apenas a 56ª posição no ranking Logistics Performance Index (LPI) do Banco Mundial. Ou seja, há espaço para se modernizar e crescer.

Mais ainda, este cenário nos traz um alerta. Em um país que vem colhendo safras expressivas nos últimos anos – a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que o resultado de 2023/24 supere as 300 mil toneladas, a ineficiência logística traz prejuízos gigantescos.

Por exemplo, pelo menos 1,17% da produção de soja e 1,27% da de milho são extraviadas nos caminhões, segundo levantamento da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). O prejuízo é estimado em cerca de R$ 5 bilhões por safra somente nas estradas. 

No total, segundo a Kepler Weber, são mais R$ 30 bilhões em perdas por deficiência logística. Para 2024, a estimativa da consultoria independente indica extravios ainda maiores pelo caminho.

Uma das formas para se alcançar a redução das perdas e a otimização dos processos logísticos no segmento é através do amparo tecnológico, hoje disponível em larga escala. Plataformas voltadas a gestão da operação logística, com foco da contratação até a entrega final, vêm ganhando um papel estratégico e permitindo a realização de um planejamento cada vez mais assertivo. Dessa forma, o agronegócio ganha maior eficiência operacional e financeira no curso da produção nacional de alimentos.

Com o auxílio de soluções digitais, é possível reunir um número infinito de dados, permitindo que todos os envolvidos consigam ter uma visão completa da cadeia operacional. A partir do compartilhamento dessas informações, cada ponta da cadeia produtiva passa a entregar uma maior eficiência na sua etapa, visualizando com antecedência os possíveis desvios e reduzindo drasticamente a necessidade de intervenção em meio ao processo. 

Ao conectar os agricultores e embarcadores aos mais diversos transportadores, os sistemas on-lines reduzem o tempo entre a busca pelo transportador e a contratação do frete, disponibilizando uma maior capilaridade no número de cotações avaliadas e permitindo que o tempo seja investido de fato no melhor e maior controle na gestão dos fretes, garantindo além da redução de tempo e do custos, transparência e segurança a todos os envolvidos no processo.

Mitigar prejuízos, reduzir gastos e evitar extravios é mais do que uma necessidade, é hoje o principal diferencial para um bom resultado da cadeia logística do agronegócio.

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