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Conteúdo 12 de abril de 2019

Disrupção na cadeia de suprimentos

Hélio Meirim*

Participo de vários projetos que visam a otimização dos processos da cadeia de suprimentos.

E, por isso, venho acompanhando atentamente como a (r)evolução digital pode contribuir com esta otimização.

Nos últimos anos, tenho sido convidado para participar de eventos, onde compartilho minhas experiências nestes processos. E, nestas oportunidades, sempre procuro provocar a seguinte reflexão:

“Como a (r)evolução digital está transformando, sua cadeia de suprimentos?”

Minha provocação tem como objetivo motivar as pessoas a pensarem fora da caixa.

A pensarem em como fazer uma disrupção nas suas atuais cadeias de suprimentos.

Pergunto a elasPorque ainda precisamos pensar no modelo sequencial, que normalmente segue o seguinte padrão: Previsão de demanda, compra matéria prima, estoca matéria prima, produz, estoca produto acabado, envia-o para um ponto (centro de distribuição próximo ao cliente), recebe pedido do cliente e providencia a entrega.

Muitas vezes, as pessoas me dizem que não é possível fazer de outra forma.

E eu simplesmente respondo: Será?

Com o avanço da tecnologia, temos ótimas oportunidades para repensar nos processos relacionados aos atores da cadeia de suprimentos.

É claro que cada produto, cada segmento tem suas especificidades. Mas o importante é estar aberto a quebrar paradigmas, pensar nas atividades que realmente agregam valor para o cliente (eliminando as que não agregam) e, buscar entender como a tecnologia pode ajudar a otimizar estes processos.

Um dos exemplos, que gosto muito, sobre “o repensar a cadeia de suprimentos” é o da livraria Les Puf (Paris).

Lá, já a algum tempo, é possível escolher as opções do catálogo em um tablet: São 5 mil títulos e outros 3 milhões disponibilizados pela empresa americana que criou a impressora portátil de livros, a On Demand Books.

Após o cliente ter selecionado o livro, a Espresso Book Machine puxa o PDF original do volume, imprimecola encapa o título com uma qualidade impressionante.

Uma ideia simples não é mesmo?

Mas, ainda temos inúmeras livrarias com grandes estoques de livros que não são vendidos e, falta de livros que os clientes desejam.

Podemos ainda refletir, sobre o espaço (m2) necessário por uma livraria (modelo tradicional) e por uma livraria “expressa”. A Les Puf, ocupa um espaço de menos de 80 m² e vende cerca de 40 livros por dia. Como sabemos, mais espaço (m2) gera mais custo de aluguel, água, luz, condomínio e etc.

Podemos também imaginar os custos de estoque de uma livraria (tradicional) e, os não custos de estoque da livraria “expressa”.

Não podemos esquecer que, no modelo tradicional, temos os custos de transportar os livros das gráficas das editoras até as livrarias. Estes custos desaparecem na livraria expressa.

Bem, temos muitas outras questões que poderíamos abordar aqui.

Mas, penso que, o mais importante é sempre nos questionarmos sobre: Como a (r)evolução digital está transformando, ou poderá transformar a nossa cadeia de suprimentos.

Então mãos à obra!!!

*Hélio Meirim é CEO da HRM Logística Consultoria & Treinamento, tendo atuado, por mais de 20 anos, no Brasil e no exterior, em cargos executivos de empresas nacionais e multinacionais nos segmentos de Operadores Logísticos, Transportadores, Varejo, E-Commerce, Indústria Farmacêutica, Alimentícia, Siderúrgica, Química e Agrobusiness. Mestre em Administrador é co-fundador do Clube da Supply Chain, Coordena a Comissão de Logística do Conselho Regional de Administração – RJ, é professor, escritor e palestrante.

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