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Conteúdo 18 de janeiro de 2010

Guerra contra o relógio

Uma queixa comum por parte de pessoas, em todos os campos e áreas de atuação, tem sido a falta de tempo para concluir projetos profissionais e pessoais. Com a percepção de que os dias estão cada vez mais curtos, elas se veem obrigadas a atingir o limite para que pareçam mais responsáveis e úteis. Mas qual é o problema, já que o dia continua com o mesmo número de horas? Provavelmente, o acúmulo de tarefas.

O objetivo profissional de muita gente é uma carreira estável, com boa remuneração e constantes desafios. Sendo assim, fazer com que um dia renda mais parece missão impossível, já que o mercado exige cada vez mais dos profissionais. No entanto, achar que quanto mais atividades exercer mais reconhecimento terá é uma ilusão, pois não adianta fazer dez coisas ao mesmo tempo se o resultado final não apresentar boa qualidade.

Nunca foi tão comum encontrar pessoas que levam trabalho para casa, fazem hora extra e abrem mão do fim de semana para fechar um importante negócio. Quando ocorre ocasionalmente, não há mal nenhum, mas se a atitude já se incorporou ao dia a dia, algo está errado. Afinal, para que servem as 40 horas semanais previstas pelas leis trabalhistas?

O profissional deve aprender a se concentrar nos resultados, que é o que as empresas querem, e não em se manter ocupado. E, para conseguir alcançar os objetivos e metas impostas sem que a vida pessoal seja colocada de lado, é preciso um bom e eficiente gerenciamento de tempo, que deve considerar fatores como a avaliação do uso do tempo, foco nas prioridades, planejamento do uso efetivo do tempo e distância das distrações.

Definir um foco é imprescindível para o profissional conseguir se concentrar nos resultados. Há pessoas que se estressam por desenvolver durante o dia pequenas atividades que não acrescentam qualidade ao trabalho. Uma maneira de evitar este desperdício de tempo é discutir com os superiores hierárquicos quais são as atividades primordiais para o andamento do departamento, considerando as seguintes questões: “Qual é o objetivo de uma determinada atividade?”, “Quais são as medidas do sucesso?”, “O que determina uma boa performance?”, “Quais são as prioridades e prazos?”, “Quais são os recursos disponíveis?”, “Quais são os custos?” e “Como a atividade se relaciona com outros funcionários ou áreas da empresa?”.

Outro item importante é detectar até que ponto algumas atividades não deveriam ser exercidas por ou compartilhadas com outras pessoas. Mostrar-se cooperativo é importante, o que não significa que os outros devam abusar da boa vontade de um profissional. Saber dizer não é uma espécie de lei da sobrevivência no mercado de trabalho.

Organizar o tempo é uma atividade obrigatória para produzir mais e melhor, e sua receita inclui livrar-se de pequenas atividades irrelevantes, dar foco à carreira sem prejudicar a qualidade de vida, pois, caso contrário, a tendência é a queda no rendimento. Sábios são os gregos que há tempos já ensinavam: mente sã, corpo são.


Marcelo Mariaca – presidente da Mariaca e professor do MBA da Brazilian Business School
daniella03@lide.com.br

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