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Conteúdo 13 de março de 2009

Hora e vez da eficiência

O início da reação do mercado de automóveis, com expressivo crescimento de vendas em fevereiro, a virada na balança comercial, que já registrou superávit nesse mês, e o anúncio do Banco Central de que o nível do crédito está restabelecido ao patamar anterior à internacionalização da crise financeira são indícios de que a economia brasileira poderá ter crescimento razoável em 2009. Esses e outros indicadores evidenciam, em síntese, que o País desfruta de boas condições para enfrentar a conjuntura mundial adversa.

Nesse contexto, para ampliar suas chances de sucesso no enfrentamento do crash financeiro internacional, as empresas precisam primar pela alta produtividade, eficiência operacional, custos baixos, gerenciamento preciso de estoques, bom atendimento a clientes, fornecedores, parceiros comerciais e, claro, os consumidores. Assim, as que investem continuamente na automação e no gerenciamento de sua relação com a cadeia de suprimentos estão mais preparadas para enfrentar com sucesso os desafios conjunturais. É em momentos mais sensíveis que as empresas, de todos os setores, têm de saber coletar, analisar e interpretar parâmetros macroeconômicos e os traduzir como metas internas de produção, produtividade e eficiência. Para isso, são imprescindíveis as ferramentas da automação, capazes de proporcionar segurança e mais precisão nesses processos. 

Na tecnologia da automação, os elementos básicos são o código de barras padrão GS1 (que identifica as mercadorias e garante a segurança no recebimento, controle de estoque e registro do cliente), leitores ópticos, equipamentos para o ponto-de-venda e softwares de gestão. Também é importante acompanhar as inovações: scanner que suportam o código de barras GS1 DataBar – menor e mais versátil, permitindo aplicações para o controle de lotes ou datas de validades, ou o EPC (Código Eletrônico do Produto), que utiliza tecnologia de identificação por radiofreqüência e pode compartilhar informações, através do serviço de informação EPC-IS.

Todos esses avanços, nos quais o Brasil está alinhado ao que há de mais moderno no Exterior, contribuem muito para ampliar a visibilidade dos estoques na cadeia de suprimentos, melhorar o nível de informação sobre os produtos em processamento ou em trânsito e conferir maior precisão operacional. Cada segundo ganho nas várias etapas da cadeia de suprimentos — entre o momento em que o cliente detetar a necessidade de reposição, a sua efetivação e a venda ao consumidor final — representa ganhos importantes para o fluxo de caixa.

Exemplo bastante elucidativo de como a automação é essencial para a produtividade e maior eficiência encontra-se nos estabelecimentos varejistas, nos quais as cadeias de abastecimento se relacionam de modo direto com o consumidor final. A manutenção de operações rentáveis no comércio requer a tomada de decisões imediatas e frequentes, envolvendo grande número de produtos e altas somas. É essencial, portanto, a disponibilidade de informações precisas e instantâneas. Sem isso, é quase inviável manter foco total no negócio e ter o tempo adequado para assuntos estratégicos, como a busca redobrada de clientes e o esforço multiplicado de marketing, essenciais para enfrentar e vencer qualquer crise. 

Quais os produtos mais vendidos, em que época do ano, em que dia da semana? Há itens em falta ou em excesso no canal de distribuição? A entrega está dentro do prazo acordado? Respostas a perguntas como essas são fundamentais para entender o perfil de consumo/demanda, perceber rapidamente suas mudanças, ter sempre o mix mais adequado de mercadorias e, portanto, manter resultados positivos no volume de vendas, inclusive em conjunturas de queda do nível de atividade econômica. Num momento em que é preciso muito foco em resultados e um amplo esforço nacional no sentido de que o Brasil mantenha sua curva de crescimento, a automação das empresas e cadeias de suprimentos é elemento estratégico e eficaz para a conquista de tais metas.

 

Sergio Ribinik é CEO da GS1 Brasil, membro do Board of Governors da EPCglobal, uma divisão da GS1 global, e também membro do Conselho Internacional da GS1.

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