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Conteúdo 25 de outubro de 2010

Nova antiga tecnologia

A história dos códigos de barras começa há algumas décadas. Em 1974 um supermercado de Ohio nos Estados Unidos comprou os primeiros produtos com códigos de barras, um pacote de chicletes Wrigley's Juicy Fruit Gum. Esse fato deu início a uma importante evolução no varejo, quando o controle de estoque ficou mais eficiente e as vendas no caixa muito mais rápidas.

O código de barras 1D é o que vemos hoje nas embalagens dos produtos de qualquer prateleira de um comércio, e ele nada mais é do que uma representação gráfica de dados numéricos e alfanuméricos (números e letras).

Muitas pessoas se enganam em pensar que nesses códigos estão todos os dados do produto, ou que basta um leitor de código de barras para identificar através do código qual é aquele produto, seu preço, validade, etc. Hoje para um software de automação relacionar um código de barras a um produto é necessário possuir no computador uma base de dados com todos os produtos da loja cadastrados, e, comparando o código lido no caixa com o código do banco de dados, chegamos a identificação do produto que está sendo lido com um scanner de código de barras.

Porém em 1994, uma nova tecnologia para armazenamento de informações foi criada no Japão, o QR Code, um código de barras 2D (bi-dimensional) que permite a inserção de cerca de 7089 caracteres numéricos ou 4296 caracteres alfa-numéricos dentro de uma imagem. Hoje essa tecnologia é pouco usada, porém, em breve deve se popularizar no mercado brasileiro.

Dentro de alguns meses entra em vigor um novo decreto a nível nacional que obriga por determinação da ANVISA que toda cadeia dos produtos farmacêuticos tenham as caixas de medicamento controladas por um código 2D, possibilitando o rastreamento da embalagem desde sua saída da fábrica até a armazenagem no estoque da drogaria. No código devem conter informações como data de fabricação, validade, empresa fabricante do medicamento, data de saída para o distribuidor, etc., dados que seriam impossíveis de serem armazenados em um código de barras comum.

Não sabemos ainda se outras obrigatoriedades irão surgir com base no setor farmacêutico, mas sabemos que o código 2D irá facilitar muitas aplicações que exigem grande quantidade de informações codificadas onde existe um pequeno espaço para impressão. Alguns hospitais já utilizam a tecnologia para identificar a validade, dosagem correta e outras informações necessárias para garantir o uso correto dos medicamentos nos pacientes.

Diversas aplicações fora do meio corporativo também devem começar a surgir quando o código 2D se tornar mais comum. Uma aplicação diferenciada já usada para esse tipo de tecnologia é através de telefones celulares que podem, por exemplo, armazenar na agenda de contatos os dados lidos a partir de uma foto tirada de um cartão de visita que possua o código 2D. Esse software pode ser baixado gratuitamente na internet e instalado facilmente nos aparelhos smartphone.

Em breve devemos começar a nos acostumar também a comprar ingressos para o cinema ou shows e receber um código em nosso celular que servirá de convite para a entrada no dia do evento.

Hoje associamos os códigos de barras somente a aplicações comerciais, porém esse novo conceito por trás dos QR Codes deve se difundir em nossas vidas como um novo recurso para envio e recebimento de informações, em que um código de barras lido na base de uma obra de arte, por exemplo, pode nos levar via internet a acessar infinitas informações complementares sobre ela.

Erick S Feres – diretor do e-commerce Automatizando
brunabelazi@teclamail.com.br

 

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