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Conteúdo 16 de agosto de 2010

O fator medo

Medo do desconhecido, medo de errar, medo do fracasso. Ninguém gosta de reconhecer, mas todos nós temos medo de alguma coisa. Do medo provém a resistência às mudanças. Internacionalizar requer mudanças. Como vencer o medo?

O medo é uma formidável "intuição do perigo", que trabalha como um "brilhante guardião interno". Este guardião existe em todos nós e pode ser lapidado para nosso próprio benefício. Assim, o medo, ao contrário do que a maioria pensa, é um dom, uma graça à nossa disposição (Gavin de Becker, The Gift of Fear – O Dom do Medo, especialista norte-americano na prevenção da violência). O medo pode nos ajudar em situações de perigo e tornar-se um grande aliado. Existem duas regras sobre o medo:

Regra a – O fato de você ter medo de alguma coisa é uma clara evidência de que esta coisa não está ocorrendo. Exemplo:
Se você está perto de um precipício, você tem medo de chegar ainda mais perto dele. Agora, se você está à beira do precipício, você não tem mais medo de chegar perto: seu medo agora é de cair. No caso extremo, se você cair, seu medo não é mais de cair: é de aterrissar. O pânico, prossegue Becker, é o grande inimigo da sobrevivência: pode ser percebido como um incontrolável caleidoscópio de medos. Ele pode ser reduzido, porém, se adotarmos a Regra b.

Regra b – Aquilo de que você tem medo raramente é aquilo que você teme – você teme aquilo que você associa ao medo. Exemplo:
Falar em público – Pesquisas mostram que, quase tão próximo quanto o medo da morte, está o medo de falar em público. Por quê? Porque os que temem falar em público associam um mau desempenho à perda do emprego, do lar, da família, da capacidade de contribuir para a sociedade; medo de perder seus valores – em resumo, de perder sua identidade, sua vida.

A associação de um medo injustificado ao seu terrível destino final geralmente ajuda a aliviar aquele medo. Embora V. admita que falar em público pode estar associado à morte, V. perceberá que existe uma enorme diferença. O medo de falar em público pode servir como desculpa para nunca falar em público ou para fazê-lo desastradamente, "porque eu estava com tanto medo". O escritor brasileiro Paulo Coelho, em entrevista na TV, relacionou os cinco maiores medos do homem. Em primeiro lugar: medo de falar em público.

Conclusão

A resistência às mudanças pode ser decorrência do medo; isto inibe a internacionalização do Brasil; mas esta resistência pode ser atenuada vencendo-se o medo. Pense nisto: o nosso dia a dia no Brasil, tanto na vida particular quanto na vida profissional, não é uma sucessão de problemas e de dificuldades, que aprendemos a vencer passo a passo? E não sobrevivemos a todos? E não somos recompensados com grandes realizações? E isto não nos traz felicidade? Falar em público para 500 pessoas (e ser bem sucedido) não é parecido com falar para o mercado externo? De uma maneira geral, fazer negócios no exterior não é muito diferente de fazer negócios no Brasil.

Para vencer o medo… É preciso entrar em contato com o medo!

Mauro Vivacqua de Chermont – Sócio Gerente da Chermont Engenharia e Consultoria
mdechermont@chermont.com.br

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