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Conteúdo 14 de fevereiro de 2011

Percival Margato Júnior: economia aquece mercado de logística

Percival Margato Júnior, diretor da Abrange Logística, entende que o setor já está aquecido, apesar da desaceleração da economia ocorrida em 2008, o que prejudicou não só as empresas de logística, mas grande parte dos negócios no mundo. Passada a tormenta, ele revela que a Abrange, que tem 25 anos de atuação, já vislumbra um crescimento de cerca de 30% em 2011.

Ele comenta que nos últimos dois anos, os investimentos da Abrange focaram infraestrutura e estabelecimento de novas práticas de gestão, o que consolidou a atuação da empresa em 14 estados brasileiros. Confira abaixo a entrevista que Margato Júnior concedeu à sua assessoria de imprensa, na qual ele discorre sobre o cenário atual do mercado de logística no Brasil. 


Esse crescimento contínuo, até em momentos desfavoráveis, poderia ser atribuído a quais fatores?

Margato Júnior: Somos uma empresa empreendedora, isto está no DNA de todos na Abrange. Buscamos o crescimento insaciavelmente. Estamos no mercado desde 1986, e no início dos anos 90, quando começaram a descobrir a importância dos serviços de logística, nós já estávamos lá. Investimos constantemente em nosso modelo de competências e conhecimentos para desenvolvermos nossas atividades, buscando com isso atender aos clientes com eficiência e qualidade.

Nesses 25 anos, o que mudou no mercado de operadores logísticos no Brasil?

Margato Júnior: Quando houve a abertura do mercado nos anos 90, muitos operadores logísticos internacionais vieram para o Brasil. Esses operadores geraram grandes expectativas nos embarcadores brasileiros e, rapidamente cresceram e tomaram o espaço. Prometiam dominar o mercado, mas isso não aconteceu como esperavam, pois a realidade do Brasil, a infraestrutura, e os recursos humanos eram bem diferentes das quais eles estavam acostumados. As multinacionais aqui baseadas com muito capital não cresceram como planejaram, deixando espaço para os operadores nacionais, que mesmo com restrições de créditos, souberam se posicionar marcando presença no território nacional. As empresas brasileiras, tomadoras de serviços logísticos, perceberam a dinâmica, agilidade e tempo de resposta muito superior aos operadores nacionais, favorecendo a estes os serviços, pois além de oferecer qualidade, eram mais competitivos. Como já atuávamos no mercado, aos poucos, mostramos a contribuição e o benefício que nossa empresa poderia trazer para os negócios dos nossos clientes e potenciais.

Como é o nível de profissionalização dos operadores logísticos nacionais?

Margato Júnior: Antes havia uma ausência de profissionalização. Apesar de existirem bons operadores, eles não tinham padrão de metodologia e os resultados dos trabalhos nem sempre podiam ser medidos, mas o interessante era que isso também acontecia com os operadores internacionais. Hoje é inadmissível para qualquer operador logístico atuar sem metodologia formal e comprovadamente consistente, com profissionais capacitados e soluções diversificadas. Periodicamente, realizamos a Pesquisa de Satisfação dos Clientes para avaliar as críticas e o nível de exigência, responsabilidade e comprometimento com os resultados dos trabalhos que estamos entregando. Concluímos em dezembro nossa pesquisa e fechamos o ano de 2010 com um nível de satisfação dos clientes superior a 90%.

A logística está em alta no Brasil. Podemos dizer que o mercado está inflado pela atuação das transportadoras no segmento dos operadores logísticos? Isso é bom ou prejudica o mercado?

Margato Júnior: O que posso dizer é que todo operador logístico domina os processos da cadeia de Supply Chain, quer na sua totalidade ou elos da cadeia, mas o inverso não é verdadeiro. As transportadoras tendem a se transformar em operadores logísticos e estes, em integradores logísticos. Mas, sem dúvida, existe uma profusão de empresas despreparadas dos dois lados, que comprometem a atuação de outras, quer sejam operadores ou transportadoras, prejudicando ambos, inclusive o mercado. Os dois se complementam, pois são atividades altamente especializadas. Quando o cliente busca a solução para as necessidades dele, ou tem um problema ou desafio a ser encarado cabe a empresa de logística saber se tem capacidade ou vontade de empreender e entregar o serviço. Tudo isso ficará mais fácil se o tomador do serviço souber exatamente o que quer. Caso contrário, ambos perderão tempo e dinheiro.

Então, como as empresas poderão se nortear para contratar um operador logístico?

Margato Júnior: A maioria das empresas está amadurecida, mais crítica e seletiva quanto ao tipo de empresa que vão contratar. O setor caminha para a preparação de empresas fortemente especializadas em nichos determinados. Haverá uma seleção natural, mas faltarão operadores logísticos em todos os segmentos. Isso devido ao fato do Brasil estar em um crescimento intenso e acelerado. Isso não é bom para o mercado, mas por outro lado, também gerará novas oportunidades. Com certeza, haverá uma transformação e crescerão aquelas empresas que conseguirem encantar os clientes. Nesse contexto, nós estamos nos esforçando muito para fazer a diferença. Costumo dizer, que você conhece um profissional ou empresa, na hora em que surgem os problemas.

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