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Conteúdo 17 de dezembro de 2008

Reflexões políticas (3)

Na semana anterior, descrevi a questão da igualdade de oportunidades de ensino (V) e a premiação dos melhores (vd).

Agora que nossos jovens estão formados eles precisam trabalhar. Logo, o tópico a ser debatido é o trabalho.
 
Antes é conveniente lembrar que chamei de vermelho (V) aquilo ligado a uma estrutura comunista e de verde (vd) aquilo da estrutura capitalista, e que nossa busca é pelo azul (A) misto do que há de comum em ambos os lados.

Continua em nosso País a eterna briga entre capital e trabalho e as leis que aqui estão tentam proteger demais os trabalhadores, o que tem influenciado na busca de alternativas menos custosas pelos empregadores, o que resulta em menor número de vagas disponíveis. Logo, as leis atuais protegem o empregado e abandonam o desempregado.

Aí entram três grupos estudos:

– sobre aqueles que não possuem instrução de nível médio

– sobre os que possuem o diploma técnico ou equivalente

– sobre os que já se formaram nas universidades

Para aqueles sem diploma de nível médio, dentro do modelo que estamos indicando, nada seria necessário comentar, pois em pouco tempo não existiria mais essa qualificação, porém, para os remanescentes, seria necessário criar alguma proteção, porém feita pelos governos locais, que entendem diretamente a problemática particular da região.

Para os técnicos ou equivalentes, que preferirem ingressar no trabalho e não continuar com o estudo universitário, competiria ao governo central manter o registro de todos (V). Assim, cada empresa poderia ter acesso pago (vd) a esse banco de dados. Competiria às empresas a manutenção de um banco de funcionários e de vagas disponíveis. Nesse assunto deveria entrar também o governo municipal ou estadual a fim de fomentar que as empresas contratassem moradores do local. No caso de grandes cidades, seriam favorecidos os moradores mais próximos.

A fim de manter um controle sobre empregados e empregadores ninguém poderia ser contratado  se não estivesse no banco de dados, mesmo que para trabalhos temporários. (V)

Desta sorte o governo teria à sua disposição um banco de informações que lhe permitiria tomar ações pontuais sobre firmas que fugissem da normalidade, desta sorte protegendo mais individualmente os trabalhadores, mas, ao mesmo tempo, dando menos obrigações contratuais aos empregadores.

Para os universitários haveria por parte do governo central e dos governos estaduais um plano estratégico de necessidades.

Assim seriam designados, com alguns anos de antecedência, a quantidade e os perfis de profissionais por cada estado e cada cidade, de tal sorte que não houvesse excedente de pessoas em alguns locais e falta de profissionais em outros. Dessa forma também não haveria a liberdade de criação de novos cursos de acordo unicamente com a vontade do empresário da educação (V), mas sim, haveria um programa comum entre escola e governo. Para que houvesse atração aos formandos os salários deveriam ser estimados de acordo com as vantagens e as desvantagens de cada função e de cada local. (vd)

Porém, antes disso haveria ao final de cada ano letivo uma prova geral, obrigatória, a fim de qualificar os formandos (vd), que, por sua classificação, poderiam escolher onde gostariam de ficar, sendo que aos melhores seriam oferecidas bolsas decentes para continuidade na pesquisa e na academia (vd – V) , como fazem alguns países orientais.

As empresas entretanto poderiam atrair os melhores formandos caso apresentassem salários e oportunidades mais atraentes. (vd)

As mudanças seriam possíveis apenas após o um tempo mínimo no local designado (V), após consultadas as vagas disponíveis (V) e somente após o tempo formal, em anos, poderia haver a mobilidade total. (vd)

Também no funcionalismo público só poderiam entrar os concursados e designados os locais de trabalho, conforme é hoje em dia. Porém, não haveria garantia eterna (V) de emprego. A cada período de trabalho (por exemplo, cinco anos) haveria uma avaliação de produtividade com parâmetros estabelecidos por consultores externos. Com índices abaixo do mínimo o funcionário deveria passar por novo concurso ou algum instrumento similar e caso não aprovado seria dispensado. Se tomarmos como um dos índices, a freqüência no local de trabalho, já teríamos, com as relações de hoje, muita gente na rua (vd).

Algumas atribuições seriam mantidas exclusivamente a cargo da administração pública enquanto outras poderiam ser transferidas à iniciativa privada, porém com controle governamental. O governo poderia, entretanto, em casos de mercado de pouca competição, entrar como sócio na criação de competidores (vd). Sua permanência todavia seria apenas em casos específicos e por tempo previamente determinado. Estariam no primeiro bloco a segurança, a determinação de políticas públicas nacionais e internacionais, o controle de fazenda, entre outros. Estariam passando para o segundo bloco (vd) o transporte em todo, a saúde pública, a aposentaria pública e privada, a educação, os portos, etc. Lembrando que todos esses trabalhos seriam controlados diretamente pelo governo através de auditores públicos (V).

Desta forma, acabamos por criar novas zonas azuis (A) com mistura de coisas típicas do governo comunista com outra do governo capitalista.

 

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

 

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