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Conteúdo 8 de dezembro de 2008

Reflexões políticas

Agora, quando tudo acontece, como se houvesse só uma origem, ou seja, o subprime americano, devemos parar e pensar.

Seria o modelo neo–liberal o mais adequado para que o mundo pudesse progredir de tal sorte que todos tivessem a possibilidade de melhorar de vida?

Seria talvez o modelo comunista da antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas o melhor?

Seria então o novo modelo neo-socialista de Hugo Chávez o mais conveniente?

Seria o monarquismo inglês, ou o espanhol, ou qualquer um dos quantos se instalaram na Europa, e são vários, com seus primeiros ministros e ministras?

Seria, quem sabe, o modelo neo-liberal-comunista da China que tiraria todos do buraco?

Seria, enfim, a democracia, como afirmam muitos, o pior meio de governo, porém o único que funciona?

Tentando meditar a respeito, cheguei à conclusão de que não há modelo ideal de governar o homem. Afinal, cada ser humano é único e irreptível, parafraseando Victor Frankl. Dessa forma, que governo iria agradar a todos em todos seus quesitos?

Além disso, o ser humano é insatisfeito por excelência. Ele sempre quer ter mais. Houve uma exceção: como resultado de uma pesquisa mundial sobre a satisfação em relação ao salário, realizada por volta de 1976, apenas o povo alemão ocidental da época se dizia feliz com o que recebia.

Numa extremidade oposta, o que se vê é a desvontade de muitos em progredir, talvez pelas dificuldades já encontradas, talvez por pura preguiça (o que me remete a entender que também estariam satisfeitos com o status quo), e por isso vivem em condições humanas inadequadas ou mesmo desumanas.

Como então debater o mais conveniente modo de governo?

A questão que me vem de início é: seria um único modelo adequado a todos os povos, em todos os momentos históricos?

Remeto-me novamente a Karl Marx que afirmava que o socialismo seria uma evolução do capitalismo, disposto apenas a se promover num momento ápice da evolução dos trabalhadores.

Diria mais: que não só os trabalhadores devem apresentar uma evolução, mas também o capital, na medida em que, representado pelo humano em muitas equações econômicas, também carece de melhorias, e muitas.

Em outras palavras: antes de se pensar somente no modelo de governo é preciso pensar na evolução do ser humano.

Os capitalistas dizem que o lucro é o motor da evolução material na terra. Assim, sem lucro nada evoluiria, pois não haveria interesse em alguém investir sem retorno.

Por outro lado, os comunistas entendem o lucro como o maior dos males (hoje nem tanto mais).

Entretanto, se pode considerar que há uma zona comum entre esses lados opostos e é justamente essa zona (azul) que deve indicar os caminhos a serem seguidos.

O que é que há de comum no ser humano?

Todos querem sempre mais; todos querem não correr riscos (em outras palavras, estar protegidos), sejam financeiros, de saúde, de desastres naturais, etc. Todos querem morar com vista maravilhosa da porta de casa e com ar puro.

Há, então, que se conciliar o capitalismo e o comunismo, a democracia e a ditadura.

Não se deve fazer isso pensando na média. Ninguém ou nada é médio absolutamente. Há os desvios e eles são importantes na hora de se marchar para a busca de solução. Aliás, diriam os estatísticos que trabalhando com três desvios padrão de uma amostragem estaremos atingindo 99,73% dos indivíduos do conjunto. Logo, a zona azul é possível.

Como ponto de partida, temos a questão do querer mais e querer melhor.

Todos os sistemas comunistas não promoveram esse desejo humano. Não se pode dizer que isso é coisa de capitalismo, pois senão o homem das cavernas não teria usado o fogo para melhorar de vida.

Todos os sistemas democráticos capitalistas o promoveram com enormes desigualdades, isto significa que o promoveram em extremos  para mais e para menos.

Logo, a solução é um misto desses dois. Como?

Permitindo a capitalização, porém criando modos de minimizar as distâncias entre um capitalizado e outro totalmente descapitalizado.  Não é só com impostos assombrosos, é também com a disposição de permitir a disputa honesta entre os que nascem. Logo a coisa toda começa com escolas de mesmo nível  para todos.

Esse é o princípio.

 

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

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