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Conteúdo 3 de outubro de 2008

Tempos mortos

Um estudo muito recente no Porto de Santos, portanto ainda incipiente, nos dá conta de que há um grande “buraco negro” que está impedindo a fluidez das operações portuárias, comprometendo o processo de chegada e saída dos navios.

Esse problema, identificado por dirigentes de terminais e agentes de navegação inicialmente como “tempos mortos”, se revela tão ou mais prejudicial do que a soma de todos os demais gargalos do cais santista como os acessos viários e a dragagem.

Trata-se do tempo que se perde até a atracação dos navios ou depois que o serviço seja completado na embarcação. É o tempo que se soma com o cais vazio ou com o cais ocupado pelo navio que já terminou os trabalhos.

Esse novo gargalo se dá em duas ocasiões, ambas do cotidiano do porto.

Na primeira delas, há um período perdido em torno de cinco a seis horas desde que o navio feche os porões até seja designado um prático para ir a bordo, que cheguem os rebocadores e que o pessoal desamarre o navio do cais, até que deixe o píer e siga viagem pelo canal do estuário, em direção ao alto-mar.
 
Na segunda, no sentido inverso, está no período perdido também em torno de seis horas desde que se autorize o navio que está na barra a adentrar o estuário e seguir para o cais aonde deverá movimentar suas mercadorias.

Somados os dois períodos de seis horas chega-se a um resultado de 12 horas perdidas, o que significa basicamente o período total de trabalho de um moderno navio porta-contêineres operando em um dos terminais do porto.

O mais aterrorizante é que já se fala abertamente que esses “tempos mortos”, somados, comprometem em cerca de 25%  da capacidade total operacional do porto, ou um quarto de toda a movimentação no cais santista.

Pior ainda é que o problema já havia sido identificado há dois anos e, embora de conhecimento da Autoridade Portuária, em sua gestão diretiva anterior, nada foi feito, como se nada existisse.

O caso é grave e chega a um percentual muito significativo. E é preciso, portanto, que a nova gestão da Codesp, os terminais, os agentes e todos os demais intervenientes do processo operacional se comprometam a chegar a uma solução imediata, sob risco de se oficializar em Santos mais um gargalo permanente com sérios prejuízos para a economia do País.

 

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

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