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Conteúdo 8 de junho de 2009

Throughput – uma nova medida de produtividade em armazéns

Desde meados da década de 90 os armazéns vêm passando por profundas mudanças, afetando a configuração de sua infraestrutura e o seu modus operandi.

De grandes áreas acumuladoras, na qual a área de estocagem representava até 90% da área total coberta, os armazéns estão evoluindo para verdadeiros cross-dockings, priorizando o giro dos materiais, ou seja, valorizando a capacidade de processamento na movimentação de entrada (inbound) e saída (outbound).

Na grande maioria dos casos na indústria e no varejo os estoques giram até 3 ou 4 vezes por mês, porém existem um potencial para chegarmos a 8 vezes por mês no médio prazo. Nada disso será possível sem uma infraestrutura adequada. Em muitos casos, a automação total ou parcial do Centro de Distribuição será requerida.

Nessa nova realidade operacional, a quantidade de docas e a existência das áreas de stage-in e stage-out passam a ser tão (ou mais) importantes quanto o espaço físico destinado à estocagem de materiais.

Enquanto a maioria dos armazéns dispõe de uma doca a cada 1.000 m² ou mais de área construída, os novos Centros de Serviços Logísticos precisarão contar com pelo menos uma doca a cada 500 m²; em algumas situações essa relação deverá ser ainda inferior, como é o caso dos Centros de Distribuição Avançados, posicionados em locais estratégicos para o atendimento de Clientes ou regiões específicas com um nível de serviço diferenciado. No caso de terminais de carga de Transportadoras e operações do tipo cross-docking, temos uma doca a cada 150 a 250 m².

Nesses novos armazéns, deixe de lado antigos conceitos, como as áreas de stage de 6 a 8 metros, e trabalhe com stages de 12 a 15 metros. Há pelo menos três anos os norte-americanos vêm operando stages de até 30 metros, incluindo uma área de blocados para materiais em operações do tipo cross-docking.

Nesse cenário, no qual a velocidade (ou giro) é preponderante, as medidas de throughput (ou processamento) tornam-se ainda mais importantes.

 

A medição do throughput é extremamente simples:

 

Throughput Teórico  =  capacidade de recebimento + capacidade de expedição

% de Eficiência em Throughput  = Real Recebido + Real Expedido

                                                            ____________________________
                                                                       Throughput Teórico

 

Indicadores de throughput podem ser medidos de diversas formas, em paletes, caixas, unidades ou peças, quilos ou toneladas, m³, número de veículos, etc.

 

Alguns outros indicadores podem ser medidos, de forma a monitorar o desempenho dos MEIOS necessários para a realização do throughput, tais como:

1. Tempo de Doca ao Estoque = tempo total decorrido entre o recebimento do material e o seu devido acondicionamento físico no estoque e registro nos sistemas de controle da empresa.

2. Produtividade na Separação de Pedidos = total de linhas/pedidos/unidades separadas e embaladas dividido pelo total de horas trabalhadas.

3. Tempo de Ciclo de Pedido = tempo decorrido entre o recebimento do pedido e a disponibilização do material na doca de saída.

4. Nível de Utilização da Empilhadeira = tempo efetivo em operação dividido pelo tempo teórico atual.

 

Prepare-se adequadamente para os novos desafios. Monitore o seu throughput, identifique os “gargalos” existentes e promova as mudanças e os ajustes necessários em sua infraestrutura, tecnologia, pessoas e processos.

Não pense apenas em estocagem, pense também em capacidade de processamento!

 

Marco Antonio Oliveira Neves – diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística
marcoantonio@tigerlog.com.br

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