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Conteúdo 10 de abril de 2003

Empilhadeiras. Quais os tipos disponíveis? Como acertar na escolha?

Estas e outras perguntas são respondidas pelos especialistas do setor, responsáveis pelo fornecimento dos mais diversos tipos de máquinas ao mercado brasileiro.

Atendendo à solicitação de inúmeros leitores, esta­mos publicando esta reportagem especial sobre aquela que é considerada o elemento-chave de toda logística: a empilhadeira.

Para isto, ouvimos alguns especialistas do setor, aqueles que vivem o dia-a-dia das máquinas, atendem ao mercado e sabem como indicar o equipamento correto.

Estes especialistas enfocam temas como: Quais itens devem ser levados em conta na escolha da empilhadeira? Quais as diferenças entre os tipos de empilhadeiras? O que pode representar a escolha errada da empilhadeira? Quais os erros mais freqüentes que o usuário comete na escolha da empilhadeira?

Os nossos entrevistados participam desta reportagem de duas formas: ou dando um esclarecimento específico ou colaborando na execução das tabelas desenvolvidas ­especialmente, de forma a facilitar a consulta.

São os seguintes os participantes desta reportagem especial: Roland Buchhaas, representante distrital de vendas da Hyster; Paulo Watanabe, gerente de vendas, e Cyro Corrêa Aranha, representante distrital de vendas, ambos da Yale; Fabio D. Pedrão, diretor da Retrak Comércio e Representações de Máquinas; Fernando José Nados­di, supervisor de aplicações e vendas de produtos da Linde Material Handling do Brasil; Marcos Piccolo, gerente de assistência técnica da Daewoo Máquinas e Equipamentos; Luiz Antonio Gallo, gerente comercial da Skam Indústria e Comércio; Paolino De Montis, diretor da Paletrans Equipamentos; Adriana Firmo, gerente comercial da Still do Brasil; Marco Aurélio Carmacio, gerente nacional de vendas, e Paulo Henrique Costa Azeredo, regional sales manager, ambos da Clark Material Handling South America.

Gallo, da Skam, diz que ao termos as respostas às perguntas da Tabela “Itens a serem considerados na escolha do equipamento”, será possível determinar, com segurança, qual o melhor equipamento a ser utilizado pelo usuário. “Em resumo, a melhor escolha de uma empilhadeira depende muito de uma orientação técnica, ou do conhecimento dos equipamentos por parte de quem irá utilizá-lo.”

Para acertar, lembra Buchhaas, da Hyster, é preciso consultar ­sempre um distribuidor autorizado, e não imaginar uma máquina e ­simplesmente achar que aquela é a ideal.

De Montis, da Paletrans, também lembra que existem muitas peculiaridades, que só podem ser corretamente avaliadas consultando-se pessoas com experiência e treinadas para tal. “O ideal é que antes do início do projeto do armazém, o cliente já tenha contato com estes profissionais para que seu armazém possa contar com as melhores alternativas disponíveis no mercado”, explica De Montis.

Itens a serem considerados na escolha do equipamento

* Tipo de carga a ser transportada: peso, dimensões, forma e rigidez

* Centro de carga do material a ser ­manuseado

* Local onde a máquina vai operar (área interna/externa)

* O ambiente, que pode ser extremamente quente, frio, com presença de poeira em suspensão, etc.

* Largura dos corredores

* Altura de elevação

* Capacidade de carga na altura máxima (capacidade residual)

* Distância total a ser percorrida na carga e descarga (operador sentado, na plataforma ou de pé)

* Tipo e altura do porta-paletes, das prateleiras ou qualquer outra estrutura utilizada na operação

* Altura total do pé direito do galpão ou armazém

* Altura e largura máximas das portas/portões que estejam no percurso das maquinas

* Existência de alguma limitação no local de trabalho da maquina, como rampas

* Estado do piso em todo trajeto da maquina com todas as suas ­parti­cularidades

* Situação de poluição ambiental requerida por normas para o trabalho especifico a ser ­executado

* Logística local para reabastecimento de combustível, caso haja alguma limitação

* Regime de trabalho, que pode ser:
leve (< 6 horas/dia), normal (6-10 horas/dia), intenso (11-16 horas/dia) e extremo (>16 horas/dia)

* Modo de manuseio da carga

* O fornecedor do pós-venda

* Custo de manutenção do equipamento

* Ergonomia

Diferenças das empilhadeiras

Quando o assunto envolve as diferenças entre os tipos de empilhadeiras existentes, Adriana, da Still lembra que, de acordo com a WITS – World Industrial Truck Statistics, as empilhadeiras são divididas em classes:

Classe 1: Empilhadeiras elétricas de contrapeso – operador embarcado

Classe 2: Empilhadeiras elétricas de armazém – operador embarcado

Classe 3: Empilhadeiras elétricas de armazém – operador a pé

Classes 4 e 5: Empilhadeiras a combustão de contrapeso.

“As empilhadeiras das Classes 1, 4 e 5, também chamadas frontais contrabalançadas, necessitam de um corredor de operação maior (em torno de 4,0 m), pela sua própria estrutura construtiva. Os mastros são fixos e o raio de giro é maior. Estas máquinas podem trabalhar em ambientes internos e externos, para carga e descarga de caminhões e podem chegar a capacidades de carga bem maiores que as máquinas de armazém. No entanto, as alturas máximas de elevação atingem limites inferiores aos das máquinas de armazém”, diz a gerente comercial da Still.

As empilhadeiras das classes 2 e 3 são as chamadas máquinas de ­armazém para corredores estreitos. O termo utilizado universalmente é “NA trucks”, onde NA vem de “Narrow Aisle” – corredor estreito. Estes equipamentos podem trabalhar em corredores que variam de 2,40 m, para as empilhadeiras patoladas de operador a pé, até 2,90 m, para as empilhadeiras retráteis (mastros móveis). De acordo com Adriana, a utilização deste tipo de equipamento exige um piso plano e com rugosidade controlada.

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