À espera de votação de pacote nos EUA, Bovespa tem leve alta

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em leve alta em pregão dominado pela expectativa da votação do projeto de resgate ao setor financeiro no Senado dos EUA, marcada para as 20h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira (1º).

O índice Ibovespa – principal referência para o mercado brasileiro – mostrou alta de 0,52%, terminando o dia aos 49.798 pontos. Durante o pregão, entretanto, a bolsa paulista chegou a ter queda superior a 3%.

O volume negociado no dia ficou em R$ 5 bilhões, um pouco abaixo da média diária para o ano. Entre as ações que mais subiram figuraram a companhia aérea Gol (+9,19%) e a Sadia (+8,59%). Na semana passada, por conta de uma operação de câmbio mal sucedida, as ações da empresa de alimentos chegaram a cair 35% em um só dia.

Ajuda a bancos

Os investidores mundiais aguardam a votação no Senado dos EUA sobre o plano de US$ 700 bilhões para o resgate do setor financeiro. Algumas modificações foram feitas em relação ao projeto rejeitado na Câmara como maior isenção tributária para consumidores e empresas e maior garantia de depósitos bancários.

O receio dos analistas é que, sem um pacote de ajuda, a crise financeira possa se instalar de modo definitivo em outros setores, como o comércio internacional. Nesta quarta, o diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, admitiu que a crise financeira pode ter um impacto negativo no setor.

"Penso que há um risco pouco conhecido de que isto aconteça", disse Lamy. "Não sabemos muito bem qual será o impacto, mas com certeza será negativo".

Panorama do mercado

O mercado internacional teve um dia positivo. Na Europa, as bolsas fecharam em alta depois de um dia de oscilações. O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,85%, para 1.072 pontos, após ter subido mais de 1% mais cedo na sessão.

Já na Ásia, as principais praças tiveram alta. A bolsa de Tóquio subiu 0,96%, com o Banco do Japão (BoJ) injetando pelo 11º dia consecutivo fundos no mercado bancário, desta vez com US$ 14,7 bilhões.

Fonte: Diário do Comércio- www.dcomercio.com.br