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Conteúdo 30 de março de 2009

Ampliação do Porto de Santos deve estar concluída em 2010

O presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), José Correia Serra, disse ontem que os sete quilômetros do cais público do Porto de Santos deverão estar aptos para receber navios com 15 metros de calado (designação dada à profundidade a que se encontra o ponto mais baixo da quilha de uma embarcação) até o final de 2010. De acordo com o presidente, o investimento necessário já está assegurado.

"Nós precisamos correr para tentarmos disponibilizar os projetos de recuperação dos cais públicos, porque o setor privado está fazendo a sua parte. Esses investimentos estão orçados em R$ 300 milhões e estamos com os recursos praticamente assegurados pelo PAC", disse Serra durante vistorias às obras de expansão do Terminal para Contêineres da Margem Direita S.A. (Tecondi).

"A reestruturação do cais é simples, o mais difícil não é a obra de engenharia é a questão da compatibilidade operacional porque as ocupações de um cais como o Saboó é grande com muitos arrendatários o dividindo", afirmou Serra, explicando que a primeira fase da obra será nos dois quilômetros do cais do Saboó e custará R$ 15 milhões.

Toda a reforma faz parte do processo de dragagem de aprofundamento do Porto de Santos, que ampliará a profundidade do canal para até 15 metros, permitindo a atracação de navios maiores e consequentemente o aumento da capacidade de movimentação do porto.

Atualmente, o processo de dragagem possui dois fatores sendo desenvolvidos: a licitação das obras propriamente ditas e o licenciamento ambiental. "Tivemos uma licença prévia dada pelo Ibama e o nosso prazo para a proposta é maio, quando todos os estudos estarão prontos", disse o presidente da Codesp, afirmando que a ideia é que a licitação e o licenciamento sejam concluídos até julho. "As dragas chegarão no segundo semestre para começar a obra", diz.

Sobre a vistoria ao Tecondi, Serra afirmou que ficou satisfeito e que as condições de construção "atendem às expectativas da Secretaria Especial de Portos [SEP] e da Codesp" O presidente também está otimista quanto ao cumprimento dos prazos (primeiro trimestre de 2010).

O diretor comercial do Tecondi, Luiz Araujo, afirmou que as obras já estão de acordo com a segunda fase do projeto de aprofundamento do canal do porto, quando a profundidade deverá atingir 17 metros.

Com um custo de R$ 180 milhões, a obra consiste na construção de um novo berço de atracação de 320 metros, na ampliação da retroárea de 100 para 135 mil metros quadrados e na compra de equipamentos. Com isso, o terminal pretende duplicar sua capacidade de movimentação, que em 2008 foi de 318 mil TEUs (unidade equivalente a contêineres de 20 pés). "A gente prevê algo próximo a 700 mil TEUs", calculou Araujo, que está otimista quanto ao fim da crise econômica mundial.

Crise Mundial

Segundo Araújo, a crise criou uma preocupação, porém conversas com os clientes trouxeram mais otimismo à empresa. "Na parte portuária, a gente foi sentir essa queda somente na primeira semana de fevereiro, mas achamos que essa pequena queda que pode configurar em 2009 não ocorrerá nos outros anos", completando que a movimentação do terminal em fevereiro foi 14% inferior a do mesmo mês do ano passado.
 

Fonte: DCI

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