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Conteúdo 10 de setembro de 2008

Até 2011, novos ares ao Campo de Marte

O quinto aeroporto com o maior número de pousos e decolagens do País, o Aeroporto Campo de Marte, na zona norte da Capital, passará por uma reforma de revitalização. Nos últimos três anos, o terminal da aviação executiva teve o seu movimento aumentado não só por jatos executivos nacionais e internacionais – cada vez maiores – como também por helicópteros, que respondem hoje por 70% do movimento de pousos e decolagens.

"Eu fiz uma pesquisa com as empresas que vendem helicópteros e descobri que existem encomendas de 82 aeronaves para os próximos cinco anos. São Paulo é a primeira cidade do mundo em movimento de helicópteros e já passou Nova York e Tóquio ", disse o superintendente do Aeroporto Campo de Marte, Alex Barroso Júnior.

Segundo ele, a reforma de revitalização do Aeroporto Campo de Marte, orçada entre R$ 50 e R$ 60 milhões, deverá durar cerca de três anos e vai priorizar a segurança. As intervenções começarão no início de 2009, com a construção de uma nova torre de controle ao lado do terminal de passageiros, orçada em R$ 15 milhões.

"A torre substituirá a atual, que fica do outro lado da pista e é prejudicada pela presença de imóveis. A nova será mais segura, com ganho de visualização", explicou Barroso. Segundo ele, além de nova estrutura e equipamentos, a nova torre também terá controladores diferentes dos atuais. "O controle aéreo passará a ser feito pela Infraero e não mais pelo Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), da Aeronáutica", disse. Em função das mudanças, a nova torre de controle só entrará em operação em 2011.

Pistas

Um ano antes, em 2010, é a previsão de início das obras nas pistas, que estão em projeto. Segundo o superintendente, a reforma das pistas não está ligada só ao crescimento de 35% no movimento de pousos e decolagens do aeroporto, em relação a 2007. O número de passageiros, entre julho do ano passado e deste ano, cresceu 57%. "A maioria dos vôos executivos que eram feitos em Guarulhos e Congonhas já vieram para Marte. A tendência é que este fluxo se concentre no Campo de Marte, que é central e pode atender bem a aviação executiva", disse o superintendente.

Barroso explica que o aeroporto precisava de manutenção, pois algumas medidas mudaram desde que o Campo de Marte foi construído, há 88 anos. Entre elas, a pista de táxi aéreo (taxiway), que terá de ser alargada. Atualmente, esta pista tem 7,8 metros de largura e é considerada pequena demais para o tamanho das aeronaves executivas. Com a reforma, ela passará a ter 28 metros de largura. "Isso é importante por causa da segurança das distâncias entre os eixos das aeronaves. Há alguns anos, só pousavam monomotores e bimotores. Hoje, os jatos são grandes e levam até 30 passageiros", disse.

A pista principal para pousos e decolagens tem 1600 metros por 45 metros, mas apenas 1150 metros são utilizados. O restante é o recuo de segurança. As pistas pelas quais passam 284 aeronaves por dia passarão por recapeamento completo, receberão um novo sistema de drenagem e terão balizamento e cabeamento elétrico. "São medidas para melhorar a segurança", disse.

Além disso, Barroso explica que mais um heliponto será inaugurado para atender a demanda crescente de helicópteros. Entre janeiro e julho deste ano, foram 32.452 pousos e decolagens de helicópteros.

Internacionais

Outro tipo de operação que está aumentando no Campo de Marte são as aeronaves vindas do exterior. "Primeiro elas passam por um aeroporto internacional brasileiro para serem ‘nacionalizadas’ e depois podem operar em Marte por até 30 dias", explicou Barroso. O número de aeronaves estrangeiras que passou pelo Campo de Marte, no ano passado, foi de 432 ante as 147 em 2006. Com a revitalização, a proposta é aumentar o espaço para elas. O pátio de estacionamento de aeronaves passará de 22 para 27 posições.

Além disso, serão licitados 14 novos hangares, que ocuparão uma área total de 210 mil metros quadrados. Os hangares serão construídos em uma área de mata do aeroporto, que será compensada ambientalmente. Atualmente, o Campo de Marte tem 22 hangares e mais um em construção. "O aeroporto está ficando saturado e o maior interesse de quem tem avião ou helicóptero é ter uma garagem e alguém que faça a manutenção da aeronave", disse Barroso.

Comércio

Outra mudança prometida para o Campo de Marte é a criação de um centro comercial, que será instalado em um prédio de três andares em uma área mínima de 12 mil metros quadrados. A proposta, explica Barroso, é que este centro reúna escritórios, consultórios médicos, farmácias, centro de convenções, restaurantes e lanchonetes, entre outros. "Pensamos até em um shopping, pois esta área seria criada para também atender a população de Santana", disse.

A idéia é que o Campo de Marte tenha um comércio similar ao de Congonhas e Guarulhos. Se o projeto crescer, a previsão é que as lojas saiam dos limites do centro comercial e se espalhem para vários locais do Campo de Marte. Uma portaria exclusiva, na avenida Olavo Fontoura, seria aberta à população. "É importante porque temos apenas uma lanchonete e lojas de materiais e roupas para pilotos, além de oficinas para aeronaves", afirmou.

 

Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

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