Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 30 de janeiro de 2009

Brasil não tem tecnologia naval

O Brasil não tem tecnologia naval. A afirmação é do portuário conferente, Luiz Fernando Barbosa Santos, ao analisar a matéria “Crise econômica não afeta a indústria naval brasileira”, publicada no PortoGente. Para ele, a indústria naval brasileira caminha para três segmentos: petróleo/gás, offshore e cabotagem. E esse cenário, ainda segundo o portuário, coloca o País em desvantagem no comércio exterior.

“Mesmo na era da alta na indústria naval brasileira não eram construídos navios de alta tecnologia. Perderam competitividade, como o caso da Navegação Vale do Rio Doce S/A (Docenave), ao desfazer de navios no passado”. Outra questão abordada por Santos é a mobilidade da indústria naval. “O que move o estaleiro são conhecimento e tecnologia”. A falta desses dois fatores foi determinante para que vários estaleiros trocassem a Europa pela Coréia.

Para o sindicalista, o Brasil “perdeu o bonde da história” e critia que o País não conta com técnicos à altura. ”Infelizmente, o Brasil tem tecnologia voltada para pequenas e médias embarcações. As grandes, não”.

Outra falha do setor, destacada por Santos, é que a indústria naval brasileira não conta com tecnologia embarcada – como bombas, instrumento de navegação e automação a bordo. “Isso compromete a competitividade da indústria naval brasileira”.

Para ele, o desenvolvimento do setor não se limita a fundos (dinheiro). “Tem que começar na formação técnica, de alto nível, até a construção em si”. Santos acredita que o Brasil esteja, hoje, importando engenheiros navais. “O conhecimento está preso às grandes empresas navais – a maioria na Coréia e África, oriundas do Japão”.

As chipyards (locais de construção de navios) estão no extremo da Ásia. Até os anos de 1990, a grande detentora dessa tecnologia era a Europa, essa transferência gerou uma crise no velho Continente.

Santos fala que é necessária a atualização dos currículos universitários para que, assim, a indústria naval brasileira entre, novamente, no mercado internacional do setor e que o comércio exterior não deixe o país.

 

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

Enersys
Savoy
Retrak
postal