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Conteúdo 18 de dezembro de 2008

Campinas: seminário discutiu a crise internacional

 Os efeitos da crise econômica mundial nos negócios na Região Metropolitana de Campinas (RMC) e as possíveis soluções para os empresários se protegerem foram tema de seminário na manhã dessa quarta-feira (17), no auditório da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). Promovido pela Prefeitura de Campinas, por meio das secretarias de Cooperação Internacional e Finanças, em parceria com a Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística (ABEPL), o evento reuniu especialistas de instituições econômicas que traçaram um panorama da crise no mundo e o quanto isso se reflete no Brasil e na região.

"É importante este tipo de debate e o envolvimento de todos os setores produtivos da cidade, monitorando a crise e buscando instrumentos para combatê-la", disse o presidente da Ceasa, Demétrio Vilagra, representando o prefeito Hélio de Oliveira Santos. Para o Secretário de Cooperação Internacional, Romeu Santini, o evento atingiu o objetivo. "Os palestrantes deram uma visão geral do Brasil e de Campinas e região", ressaltou Santini.

Especialistas em economia traçaram um panorama da crise e defenderam um crescimento menor para o Brasil em 2009, apesar do Brasil ser uma economia fechada e que já não depende tanto de outras nações do mundo. "Tivemos uma perda de riqueza financeira, mas o país continua", destacou o consultor da Trust, Roberto Troste, que apresentou um estudo mostrando tendência de queda nas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos países da América Latina. Apontou também queda na produção agrícola e industrial na perspectiva para 2009, desenhando um cenário não muito favorável na economia no começo do próximo ano.

Para o diretor da Facamp, João Manuel Cardoso de Melo, mais do que crescer, é importante que o país impeça o desemprego e a recessão e, para isso, o crédito é fundamental. "O governo deveria baixar a taxa de juros e reduzir o ‘spread bancário", argumentou Cardoso de Melo, que também concorda com um ritmo lento a economia para os primeiros meses de 2009.

As perspectivas para a Região Metropolitana de Campinas (RMC) não são tão graves de acordo com os especialistas. Em 2005, a média de crescimento do Brasil foi de 3,2%, enquanto a de Campinas chegou ao patamar de 10,2%. Além disso, a economia do município está fincada em três setores: tecnologia, logística e pesquisa – e nenhum deles sofre diretamente as conseqüências da crise. A tecnologia se desenvolve sem estar vinculada a commodities; os investimentos na ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos dão um impulso para a logística da cidade e, finalmente, Campinas tem, tradicionalmente, vocação para a pesquisa científica e isso não vai mudar por causa da recessão financeira mundial.

"Temos confiança no crescimento da região", afirmou o Secretário Municipal de Finanças, Paulo Mallmann. Conforme o consultor Troste, as empresas se protegerão da crise se tiverem em mente: um diagnóstico abrangente do cenário econômico, transparência, contundência, crédito, liquidez e uma política de crescimento. O seminário reuniu 90 pessoas, entre empresários, representantes de instituições de ensino e financeiras, prefeituras da RMC, consulados e organizações estrangeiras. Os profissionais de logística tiveram uma avaliação positiva do resultado do seminário. "Os efeitos da crise rondam as nossas cabeças, mas podemos nos defender deles. E, com isso, toda a sociedade se beneficiará", analisou o representante da Associação de Empresas e Profissionais de Logística, Aristides Forte Jr.

 

Fonte: Prefeitura de Campinas

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