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Conteúdo 27 de abril de 2009

David Randon assume presidência da empresa

Foi finalizada na semana passada a mudança no comando da fabricante de implementos rodoviários Randon, com a substituição do patriarca da família, Raul Randon, 79 anos, pelo mais velho de seus filhos, David Randon. Raul continuará na presidência do conselho administrativo da companhia, enquanto o filho assumirá formalmente a presidência executiva da empresa. A alteração foi aprovada por unanimidade pelo conselho administrativo da empresa, com capital aberto desde 1992 e controlada pela família, que detém 78,58% das ações ordinárias, com direito a voto.

Segundo o novo diretor-presidente da empresa, a mudança já era planejada há pelo menos 20 anos, ao longo dos quais foram feitas mudanças nas diretorias da companhia visando a profissionalização da gestão. Com a mudança, ainda que permaneçam na família, o comando do conselho de administração e da presidência executiva deixam de ser acumulados por Raul Rondon.

Com 49 anos, David trabalha desde os 23 anos na empresa, e já ocupou vários cargos de direção – era vice-presidente do conselho e responsável pelas operações da Randon na Argentina. Segundo ele, na prática o patriarca já vinha delegando a administração há anos para os três filhos, que ocupam cargos de chefia na empresa, além da filha, que trabalha na área jurídica.

A troca de comando se dá em um momento delicado para a empresa. Depois de um resultado excepcional em 2008, a Randon está encarando os primeiros impactos da crise no início deste ano, com queda nas vendas. A receita total cresceu 26,6% em 2008 em relação a 2007, atingindo R$ 4,5 bilhões. Mesmo no quarto trimestre, a empresa registrou um aumento de 14% na receita bruta. Já em fevereiro de 2009, o resultado caiu 24% em relação ao mesmo mês de 2008.

Na previsão de David será difícil a empresa repetir os números de 2008 este ano, mas ele acredita que o Brasil está entrando na crise mundial em condições favoráveis. O executivo observa que o governo está atuando com o PAC, que afeta diretamente as atividades da Randon, e o setor primário – agrícola -, sensível para a companhia, continuará bem. Outras áreas que obtiveram destaque recentemente, construção civil e frigoríficos, também devem continuar com boa demanda, acredita.

A Randon tem a receita dividida meio a meio entre a produção de implementos rodoviários – reboques para caminhões -, uma fatia pequena de venda de veículos pesados e outra metade ocupada com a produção de autopeças voltadas para ônibus e caminhões. Para David, as duas áreas devem sofrer com a crise, pois são áreas correlacionadas, mas a experiência indica que as atividades em autopeças devem resistir melhor à oscilação na atividade econômica.

 

 

Fonte: Revista Ferroviária

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