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Conteúdo 26 de dezembro de 2008

Empresário propõe 3º trilho para porto

Durante o 6.º Seminário sobre Ferrovias, organizado pelo Ciesp e Fiesp, em São Paulo, o empresário pederneirense Sebastião Carlos Gonçalves de Lima propôs à América Latina Logística (ALL) a liberação do terceiro trilho que liga o município de Bauru ao Porto Intermodal de Pederneiras.

O objetivo é gerar economia com o transbordo de mercadorias que hoje é feito por caminhão até o Porto Intermodal. Segundo o empresário, o terceiro trilho seria uma alternativa para a região na rota da mercadoria exportada pelo porto de Santos e que passa pelo congestionamento de trens no centro de São Paulo, utilizando a bitola estreita até Santos – via Sorocabana – ou até o Porto de Paranaguá com destino ao Mercosul.

Lima argumenta também que o terceiro trilho facilitaria o escoamento de mercadorias produzidas no Noroeste do Estado. Além disso, segundo ele, permitiria a possibilidade do transporte inverso, ou seja, Santos-região Noroeste, Paranaguá-Porto Intermodal. A linha também impulsionaria a atração de novas indústrias para a região.

O empresário lembrou o terceiro trilho entre Bauru e o Porto Intermodal de Pederneiras foi liberado pelo ex-governador Mário Covas. “Ele assinou um contrato para a instalação da ligação, mas logo depois a ferrovia foi privatizada. O trilho foi colocado, faltando apenas a fixação deles aos dormentes” comenta.

O Porto Intermodal teve apenas um quarto de seu projeto inicial construído e sua capacidade atual é de 2,5 milhões de toneladas. Atualmente, passa pelo porto apenas 1,2 milhão de tonelada, ou seja uma ociosidade de 52%. De acordo com Lima, toda a estrutura para a implantação da via já teria sido paga pelo governo, restando o custo da instalação. “Eles não têm que fazer investimento nenhum isso já foi feito com o nosso dinheiro. Eles teriam que colocar isso no lugar”, completa.

Segundo o empresário, que também é o representante do Ciesp em Pederneiras, a ALL alegou inviabilidade econômica para implantar o terceiro trilho. “Eles responderam que era inviável economicamente. Mas eu cobrei novamente no seminário”, comenta.

A ALL explica que quando assumiu a ferrovia, em 2006, já não havia mais nada do trecho em questão – que formaria a terceira linha – e que não há previsão alguma sobre a criação desta linha.

Expansão de linhas

Durante o Seminário sobre Ferrovias, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, apontou as invasões de faixas de domínio das ferrovias e as passagens em nível (cruzamentos com vias de tráfego de veículos e pedestres) como os principais entraves para o setor atrair investimentos para a expansão de linhas. Atualmente existem 12 mil passagens em nível cortando os 29,7 mil quilômetros da malha ferroviária brasileira.

“É uma situação lamentável, tanto pela ineficiência do transporte como pela segurança das pessoas”, avaliou Skaf. “Falta coragem e decisão política. É preciso estabelecer quem vai resolver o problema: se a prefeitura, o governo, a empresa, ou se faremos uma ação conjunta”, cobrou.

Representantes de municípios do interior como Piracicaba, Sorocaba e Vale do Ribeira também sugeriram que as concessionárias invistam em ligações com o Porto de Santos baseadas no aumento do volume de carga. Segundo eles, os ramais ferroviários são necessários para impulsionar a economia do interior paulista, e facilitar o escoamento de produtos para o mercado internacional.

 

Fonte: Revista Ferroviária

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