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Conteúdo 16 de novembro de 2009

Estudo revela que faltam habilidades críticas para os trabalhadores da AL

Segundo a pesquisa “Habilidades para competir: depois da educação secundária e a sustentabilidade empresarial na América Latina”, os empregadores da região acreditam que os trabalhadores não possuem as habilidades necessárias para atuar no mercado global e competitivo de hoje.

O estudo, realizado pelo Economist Intelligence Unit (EIU), a pedido da FedEx Express (Fone: 0800 7033339) e da Dell Inc (Fone: 0800 9703384), revela que alunos recém-formados, ingressando no mercado de trabalho, frequentemente não possuem habilidades interpessoais, um fato que pode prejudicar suas chances para sucesso e a sustentabilidade de empresas da América Latina.

Feita entre executivos sênior baseados na América Latina e no Caribe, a enquete envolveu 192 participantes de 22 países, sendo os maiores contingentes provenientes do Brasil (32% do total) e do México (16%). Suas companhias têm sede em 33 países ao redor do mundo: 22% no Brasil, 11% nos Estados Unidos e 10% no México. Elas vão desde pequenas empresas com receita anual de até US$ 250 mil (56% dos participantes) até de grande porte, com receita superior a US$ 400 mil (44%). Os participantes representam diversos setores e funções: 43% atuam no desenvolvimento de negócios e estratégia, 36% em administração geral, 29% no financeiro e 23% em marketing e vendas. Quarenta e dois por cento são diretores.

Segundo dados da pesquisa, pensamento crítico, comunicação oral e escrita e habilidades pessoais encabeçam a lista de qualificações que faltam na América Latina. Também são importantes as habilidades sociais em razão da globalização, pois executivos latino-americanos perceberam que precisam de mão de obra mais culturalmente sofisticada – a equipe deve ser capaz de interagir com outros profissionais do mundo inteiro. Além disso, as habilidades específicas, como múltiplos idiomas, proficiência em tecnologia e ciências, engenharia e matemática foram selecionadas como áreas que serão importantes em cinco anos – especialmente para pequenas empresas.

“As companhias no Brasil precisam praticamente começar do zero para formar seus profissionais. Para competir com eficiência, elas precisam contar com funcionários capacitados para o trabalho, o que se consegue através de uma educação de qualidade”, declara Justine Thody, diretora regional América Latina do Economist Intelligence Unit.

Segundo Guilherme Gatti, diretor de Marketing e Comunicação Corporativa da Divisão da FedEx Express América Latina e Caribe, a ideia, com o estudo, é fomentar discussões sobre quais investimentos a iniciativa privada deveria fazer e direcionar os esforços nesse sentido.

A FedEx, por exemplo, trabalha com entidades globais como o Junior Achievement, uma organização que oferece educação para alunos na área de preparação para o trabalho, empreendedorismo e educação financeira. A parceria cria uma oportunidade para a companhia envolver funcionários que podem compartilhar sua experiência na gestão da cadeia de oferta e no comércio, preparando os alunos de hoje para a força de trabalho de amanhã, e apoiando os empreendedores do futuro.

De acordo com a FedEx, um maior volume de parcerias público-privadas pode ajudar a mudar o conteúdo educacional e capacitar pequenas e médias empresas e empresários na América Latina. Para atender às PMEs da região, a companhia criou o FedEx PyMEx, um programa de consultoria e treinamento para empresas com pouca ou nenhuma experiência em exportações e que querem aumentar sua capacidade de exportação. O programa oferece novas escolhas nesse segmento, e as empresas conseguem ser mais competitivas no mercado global.

A FedEx também continua oferecendo sessões educacionais para empreendedores por meio de organizações como a Endeavor, em São Paulo, durante a Semana de Empreendedorismo, e o Conselho Empresarial Mexicano para o Comércio Internacional (COMCE).

Já o compromisso da Dell de munir os estudantes brasileiros com habilidades para competir no mercado de trabalho começa nas salas de aula da escola primária, para a qual a empresa desenvolve soluções tecnológicas e parcerias com o objetivo de abrir, a cada criança, uma janela para o mundo. Essas tecnologias incluem lousas interativas, laptops projetados exclusivamente para estudantes e professores e softwares com conteúdos específicos para os alunos e, também, para treinamento dos professores.

No nível universitário, a Dell desenvolve tecnologias que apoiam o modo como os estudantes brasileiros aprendem hoje: de forma contínua e colaborativa, tanto dentro como fora do campus. “Essa abordagem ainda ajuda as instituições acadêmicas do país a atrair os mais brilhantes e melhores professores e alunos, e a Dell recruta ativamente esses graduados para dar suporte ao desenvolvimento de seus negócios no Brasil”, explica Raymundo Peixoto, diretor geral da Dell Brasil. Para ele, o profissional habilitado serve à empresa e ajuda a servir outras companhias.

Uma mão de obra com um melhor nível de escolaridade contribui com o crescimento e a eficiência

Principais formas, como a mão de obra com um melhor nível de escolaridade, podem ­aumentar a competitividade empresarial, em porcentagem de respostas:

Tabelas

Conclusão

De acordo com a conclusão do estudo, para as empresas que disputam espaço no altamente competitivo mercado mundial, o acesso à mão de obra totalmente capaz de operar em um ambiente de negócios interligado e cada vez mais colaborativo é crucial.

Mas a carência de qualificações na América Latina mina a competitividade das empresas da região. O custo de trabalhadores sem preparo adequado cai diretamente sobre a empresa: ela se torna menos apta a competir e deve gastar tempo e dinheiro para preparar novos contratados.

Embora o setor privado reconheça os desafios, ainda se discute a melhor maneira de influir na qualidade do profissional formado pelas instituições de ensino pós-secundário. Essa pesquisa sugere que o modo mais eficiente para as empresas reduzirem a carência de qualificações é ajudar as instituições de ensino pós-secundário a criar uma ponte entre programas educacionais e o mundo real.

Ao influir sobre a estrutura do sistema de educação, as empresas podem ampliar o alcance para além dos seus muros, para a comunidade. O setor privado pode ainda causar impacto direto. A criação de parcerias inovadoras com o setor público pode ajudar a garantir que as instituições de ensino pós-secundário tenham os recursos físicos e humanos necessários à formação de estudantes com uma ampla gama de conhecimentos e habilidades – técnicas e sociais – necessárias para o século 21. Os benefícios atingem tanto a empresa quanto a comunidade em que ela opera

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