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Conteúdo 25 de junho de 2008

Fazenda comemora números

O Ministério da Fazenda avaliou como muito positivos os dados divulgados ontem (24) pelo Banco Central (BC), que indicaram desaceleração do ritmo de crescimento das operações de crédito para pessoa física. Na opinião da equipe econômica, essa redução de intensidade, a queda do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) e os dados mais moderados de crescimento das vendas no varejo apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio mostram que as medidas já tomadas pelo governo para combater o processo de alta da inflação começaram a surtir efeitos na economia real.

Para a equipe econômica, os dados reforçam a tese de que o governo acertou ao esperar os efeitos das ações já tomadas antes de partir para medidas mais pesadas e amargas contra a inflação. Temia-se que uma ação mais contundente pudesse comprometer de forma acentuada o crescimento da economia em 2009.

Um economista do governo informou que, por enquanto, não há medida nova em gestação, como o aumento da meta de superávit primário das contas do setor público além dos 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB) ou novos mecanismos de contenção do crédito. A tarefa agora é muito mais de administrar as expectativas com tranqüilidade e, sobretudo, "sangue-frio". O impacto maior das medidas já tomadas poderá ser observado entre o fim do segundo semestre deste ano e o início de 2009.

Na meta

As projeções atuais também mostram inflação em 2008 dentro da meta, que permite um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de até 6,5%. "As notícias são boas. Os dados mostram que a fervura da demanda muito aquecida está desacelerando", avaliou um assessor do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ainda na avaliação de integrantes da área econômica do governo, o momento exige "sintonia fina" de difícil administração. A idéia é evitar que eventuais erros de dosagem do remédio contra a inflação freiem o ritmo de crescimento da economia mais do que o necessário. Um "pouco de desaceleração", no entanto, é considerado inevitável diante do quadro de alta dos preços no Brasil e no mundo.

Enquanto o BC mostrou um esfriamento no ritmo de crescimento do crédito para pessoa física, o Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou ontem que a inflação medida pelo IPC-S desacelerou na terceira prévia de junho, com alta de 0,89%. Na prévia anterior, o indicador registrou alta de 1,07%.

 

Fonte: www.dcomercio.com.br

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