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Conteúdo 31 de outubro de 2008

Fundo Soberano é inevitável, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez ontem, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, uma defesa do Fundo Soberano do Brasil (FSB), aprovado na noite de quarta-feira pela Câmara. Segundo ele, há uma tendência mundial de criação dos fundos, que é uma medida inevitável, da qual o Brasil não deve ficar de fora.

Ele destacou que o fundo proposto pelo governo tem hoje natureza fundamentalmente fiscal, de poupança anticíclica. Mas ele ressaltou que, no futuro, quando começarem a entrar no Brasil os recursos da exploração de petróleo da camada pré-sal, o FSB também terá natureza cambial, evitando valorização excessiva da taxa de troca, que pode destruir a indústria manufatureira.

"Vejo os senhores dizendo ‘vamos diminuir o gasto corrente’. A gente já está economizando. Só falta o Fundo Soberano para colocarmos o dinheiro lá. Estamos subtraindo do governo a capacidade de ele gastar 0,5% do PIB."

Mantega ressaltou a importância da função anticíclica do Fundo. Segundo ele, o governo pode usar esse instrumento caso haja uma queda na atividade econômica.

O ministro disse que ainda mantém previsão de que o Brasil pode crescer de 4% a 4,5% em 2009 e acrescentou que o governo vai trabalhar ao máximo para atingir esse objetivo. "Ainda acho que dá para perseguir esses índices de crescimento", afirmou.

Também na linha de garantir o desenvolvimento, Mantega defendeu a atuação do governo no sentido de prover liqüidez aos bancos. "A preocupação do governo não é ajudar os bancos, mas, sem crédito, a economia pára. É importante que eles tenham a liqüidez necessária para manter a atividade econômica. Nossa missão é tentar fazer o País crescer o máximo possível. Nosso objetivo é manter o emprego, a renda, preservar o poder aquisitivo da população", explicou.

Proer

Provocado pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), Mantega fez um elogio ao Proer do governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele disse que o programa de ajuda aos bancos foi, de fato, necessário na ocasião. O ministro da Fazenda brincou que não podia fazer mais elogios, "senão vão querer me filiar ao PSDB".

 

Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

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