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Conteúdo 28 de abril de 2009

Ganhos com equipamentos e combustíveis compensam crise

Na contramão da maioria dos portos, que registrou queda na movimentação de cargas no primeiro trimestre deste ano, o porto de Itaqui, em São Luís (MA), comemorou um lucro líquido de R$ 5 milhões no período. Em todo o ano de 2008, o lucro somou R$ 4,9 milhões.

Segundo o presidente da Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária), Ângelo Baptista, a receita obtida para estocar equipamentos importados de mineradoras e empresas de alumínio ajudou no resultado. Esse valor compensou a queda nas exportações de ferro-gusa. Outro fator apontado é que a principal carga movimentada em Itaqui é o combustível que chega da Petrobras para abastecer Maranhão e Piauí.

Outros portos, apesar de terem sentido queda nos setores de minério de ferro e ferro-gusa, tiveram compensações na movimentação de grãos e equipamentos. É o caso do porto de Paranaguá (PR), onde as exportações do setor automotivo caíram 52% no primeiro trimestre e a movimentação de contêineres, 5% no período, puxada pela redução das importações. A compensação ocorreu com o embarque de grãos, segundo o superintendente de Administração de Paranaguá, Daniel Lúcio Oliveira de Souza.

Segundo Souza, a redução na movimentação de contêineres no porto também foi menor do que a média nacional (cerca de 15%). "A queda [de 5% em Paranaguá] se transforma em um número positivo pela conjuntura", disse Souza, ao comparar com o índice nacional.

Segundo o superintendente, a expectativa para 2009 é de aumento de 20% na movimentação de carga, principalmente pelos embarques de milho, cernes congeladas e etanol e pela atração de novos navios.

O Porto de Suape, em Pernambuco, também prevê uma melhora no cenário, apesar de ter registrado queda de 18% nos três primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2008 em razão da diminuição nas exportações. Segundo o vice-presidente de Suape, Sidnei Aires, em abril já houve uma recuperação e deve fechar com a mesma movimentação registrada em 2008.

Apesar da queda no início do ano, a expectativa é que o porto cresça 10% em movimentação em 2009 devido a novas cargas de trigo, de carros e de equipamentos. Antes da crise, a previsão era de crescimento de 20%.

Fonte: Folha de S. Paulo

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