Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 10 de julho de 2002

Importância de um planejamento estratégico para garantir a segurança em um CD

Pode até parecer óbvio que é preciso ter segurança em um Centro de Distribuição. Afinal, produtos dos mais variados tipos, qualidades e valores são armazenados em locais como este, representando o dinheiro investido nestes produtos que serão vendidos e/ou o dinheiro do cliente, que já comprou e está aguardando a entrega. Porém, mais óbvia ainda é a necessidade de um Planejamento Estratégico para garantir a segurança em um Centro de Distribuição, não importando o seu tamanho e a capacidade.

Somente com um Planejamento Estratégico é possível definir as metas a alcançar as formas para que estas sejam cumpridas e os equipamentos necessários para isto. Deste modo, ao final, a pessoa responsável pela empresa (ou, no caso que estamos tratando neste artigo, pelo Centro de Distribuição) terá a melhor, mais econômica e racional solução para o problema da segurança.

Ao se falar de um Planejamento Estratégico em segurança temos que observar dois fatos básicos. O primeiro apresenta o fator segurança como algo que alia todos os seus componentes (subsistemas) interagindo entre si para formar uma corrente, cujos elos devem trabalhar perfeitamente ajustados. É preciso que se tenha em mente que a falha, erro ou omissão de apenas um destes componentes vai comprometer todo o sistema. Isto mostra que segurança é um sistema integrado.

O segundo fato que se deve prestar muita atenção é que segurança não é apenas o vigilante que cuida das instalações físicas de um Centro de Distribuição. A segurança de um local de tamanha amplitude é feita não só por ele, mas por todos os que trabalham direta ou indiretamente no Centro de Distribuição. Além do funcionário que vira as noites, passa feriados e finais de semana rondando as instalações para garantir que nada seja roubado ou destruído por vândalos, o porteiro, a recepcionista, o manobrista, o operador de central, o supervisor e todos os demais funcionários têm responsabilidade direta pelo fator segurança.

Talvez até mais do que em outros tipos de empresa, em um Centro de Distribuição, o trabalho de cada setor está altamente ligado ao dos demais. Para se ter uma idéia disso, basta usar um exemplo simples. Quem determina o local onde cada produto vai ser estocado deve cumprir sua tarefa com o máximo cuidado e planejamento pois, do contrário, a pessoa que for retirar os produtos desta área pode encontrar dificuldades no manuseio dos artigos com empilhadeiras. Isso poderia ocasionar atrasos no fluxo de trabalho ou prejuízos com objetos danificados, prejudicando a segurança dos produtos.

Mesmo que a Lei 7.102 só preveja o vigilante como sendo quem cuida da segurança de uma empresa, o Sistema de Segurança vai exigir, neste caso, uma visão bem mais abrangente e global, envolvendo aspectos externos à localização do Centro. O planejamento de um Centro de Distribuição é bastante complexo e diferente de uma empresa industrial como costumamos entender, onde cada um cuida apenas da sua área. Seguindo uma metodologia cartesiana, podemos considerar o fator segurança como algo que está presente nos vários segmentos que irão compor o sistema de segurança.

Exatamente como na lista a seguir:

  • Segurança das Instalações:
    perímetro, prédios, repartições, estacionamentos,
    acessos, fluxos, portarias, etc.
  • Segurança dos Sistemas
    Eletrônicos: circuito fechado de TV, sensoreamento e alarme,
    controles de acesso, etc.
  • Segurança no monitoramento
    do Centro
  • Segurança no rastreamento
  • Segurança no transporte
    da carga
  • Segurança dos recursos
    humanos
  • Segurança com as informações
    (sigilo)
  • Segurança das Operações
    Logísticas (internas e externas)
  • Segurança da parte lógica
    (dados)
  • Outros meios e componentes não
    relacionados diretamente com a segurança

Cada uma dessas partes/segmento comporta um
subsistema de segurança e, por extensão, uma série
de medidas, meios, equipamentos e recursos humanos compatíveis
com o sistema integrado.

Finalmente, o Planejamento Estratégico
precisa conter uma normatização deste sistema de segurança.
Isto vai garantir que os segmentos estarão funcionando perfeitamente
ajustados e os recursos humanos sejam adequados e treinados para
as funções que o sistema exige.

Coronel Aníbal
S. Carvalho
Consultor especialista em Planejamento
Estratégico em Segurança da Qualilog.

Enersys
Savoy
Retrak
postal