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Logística Internacional 29 de agosto de 2022

Logística da Região de Flandres, na Bélgica, oferece várias vantagens para as empresas brasileiras

A Região de Flandres, norte da Bélgica, tem uma grande importância logística dentro do contexto mundial – vários estudos comprovam esta importante atuação. Por exemplo, no último relatório do Index de Performance Logística do Banco Mundial, a Bélgica – representada principalmente pela Região de Flandres –, ficou na terceira posição como o melhor local para se ter uma operação logística.

Isso se deve ao fato de a Região ter conquistado a melhor posição mundial na facilidade de organizar embarques internacionais e na pontualidade dos embarques e a segunda melhor posição na competência dos serviços de logística, além de ter se destacado em vários outros índices, como eficiência da gestão aduaneira e de fronteiras e na qualidade do comércio e da infraestrutura de transporte.

Além do Relatório do Banco Mundial, há vários outros estudos que destacam a importância logística de Flandres/Bélgica no mundo: a DHL Global Connectedness Index de 2018 colocou a Bélgica na quarta posição mundial dos países mais conectados; no Relatório de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, a Bélgica tem a sétima melhor infraestrutura portuária do mundo; no estudo da Prologis Top Logistics Locations in Europe (2017), a Região de Antuérpia-Bruxelas é considerada a terceira região mais atrativa para atividades logísticas.

Infraestrutura

Claudia Rolim, Head of Office da FIT no Brasil – Flanders Investment & Trade, Agência de Promoção Comercial e de Atração de Investimentos do Governo de Flanders – lembra que a Região tem uma excelente infraestrutura logística, com modernos portos e aeroportos, excelentes conexões de rodovias, ferrovias e hidrovias com outros países europeus, uma das maiores concentrações de rodovias e ferrovias do mundo e a maior concentração de Centros de Distribuição da Europa (± 5 EDCs para cada 100 km²).

“Em uma área de apenas 13.522 km², Flandres tem 1.300 km de vias navegáveis, 1.700 km de trilhos ferroviários e 67.000 km de estrada (4,9 km por km²). Oferece armazenagem para todos os tipos de cargas, de perecíveis a produtos consumíveis, de produtos refrigerados a cargas de projetos, entre outros”, diz Claudia.

Muitas das empresas de logística de Flandres são centenárias, especializadas em diferentes tipos de cargas, oferecendo serviços sob medida e de valor agregado ao seu cliente, de acordo com suas necessidades. A região de Flandres respira logística e sua história vem desde a Idade Média. “Além disso, há uma grande capacidade de armazenagem e novos armazéns são constantemente construidos.” Mais ainda: a Região de Flandres é responsável por 83% das exportações belgas.

Contatos

A empresa brasileira que desejar contato com algum fornecedor belga ou mais informações de como abrir negócio na Região, contatar a agência através do fone: +55 11 3141.1197 ou e-mail:  saopaulo@fitagency.com

Para mais informações sobre a Região:

www.flandersinvestmentandtrade.com/invest/pt

www.investinflanders.com

www.flandersinvestmentandtrade.com/invest/en/contactus/405

Atrativos para as empresas brasileiras

“Além da eficiente infraestrutura logística, que é fundamental para as empresas brasileiras que desejam conquistar o mercado europeu, Flandres está centralmente localizada perto dos principais mercados consumidores – em um raio de 500 km, você atinge 60% do grande poder aquisitivo europeu.”

Outro ponto importante de Flandres para as empresas brasileiras é a mão de obra altamente qualificada e poliglota, elementos fundamentais para ter uma equipe eficiente que venda para os outros países europeus no seu próprio idioma. “Além disso, oferece custos imobiliários bem competitivos se comparamos com outras regiões europeias, além também de oferecer um atraente pacote de incentivos para as empresas se estabelecerem no local, seja através de um escritório de vendas, CD, terminal, fábrica, centro de pesquisa, etc.”, relaciona a Head of Office da FIT no Brasil.

Por este motivo, continua ela, muitas empresas brasileiras e estrangeiras acabam utilizado a região de Flandres como base de suas operações comerciais e logísticas na Europa, porque de lá, de maneira rápida, eficiente e competitiva, conseguem atingir os seus outros clientes europeus.

Ainda falando sobre os benefícios oferecidos às empresas brasileiras que decidem estabelecer ou expandir suas atividades ou sedes na Região de Flandres e na Bélgica, Claudia aponta que elas podem se beneficiar de vários incentivos e subsídios governamentais. Desde isenção dos impostos de contribuição social na contratação do primeiro funcionário e dedução de imposto do segundo ao sexto funcionário até a dedução de 80% do imposto que é retido na folha salarial do pesquisador, lembrando que a Bélgica tem um dos pacotes mais atrativos da Europa para as empresas que realizam pesquisa e desenvolvimento. Também são oferecidos vários outros incentivos e subsídios, tanto para empresas pequenas, como para grandes.

Braço comercial

Claudia lembra que a Flanders Investment & Trade, além de Agência de Promoção Comercial e de Atração de Investimentos do Governo de Flanders, é, também, um dos braços comerciais da Embaixada e do Consulado da Bélgica no Brasil. “Auxiliamos as empresas da nossa região em seus negócios no exterior e as empresas estrangeiras que desejam investir em Flandres. No Brasil, a Flanders Investment & Trade está presente desde 1998 com escritório na cidade de São Paulo. Entre nossas atividades, ajudamos as empresas flamengas (de Flandres) em seus negócios no Brasil, seja na busca de parceiro comercial, importador, distribuidor e representante e realizamos pesquisa de mercado, etc. Também auxiliamos as empresas brasileiras que desejam conquistar o mercado europeu através da região de Flandres, seja através da abertura um escritório comercial, Centro de Distribuição, terminal logístico, centro de pesquisa, de fábrica etc. Nossos serviços são gratuitos, confiáveis e confidenciais.”

Porto de Antuérpia-Bruges: Porta de entrada na Europa

Desde o dia 22 de abril deste ano, os portos de Antuérpia e Zeebrugge seguem sua trajetória de crescimento sob um único nome: Porto de Antuérpia-Bruges.

Após as primeiras conversas em 2018 e um estudo abrangente que mostrou grande complementaridade entre ambos os portos, a decisão de unificá-los foi tomada em fevereiro de 2021, através de um acordo histórico entre as cidades de Antuérpia e Bruges, que são os seus únicos acionistas.

“Este novo porto unificado tem a clara ambição de se tornar o primeiro porto global a conciliar economia, pessoas e clima. Além de crescer de forma sustentável, o porto também visa fortalecer sua condição singular de centro logístico, marítimo e industrial integrado e assumir a liderança na transição para uma economia circular e de baixo carbono”, comenta Matheus Dolecki, representante para a América Latina, Redes Internacionais e Relações do Porto de Antuérpia-Bruges.

Ele também destaca que, juntamente com sua comunidade portuária, clientes e demais parceiros, o Porto de Antuérpia-Bruges está ativamente buscando soluções inovadoras para um futuro sustentável. Responsabilidade social e com o meio ambiente seguem como temas centrais em sua agenda.

Contexto mundial

Conectado a mais de 800 portos em todo o mundo por mais de 300 linhas de navegação regulares, o Porto de Antuérpia-Bruges está localizado na região de Flandres, norte da Bélgica. Com uma movimentação total de 289 milhões de toneladas por ano, é o segundo maior porto da Europa e um elo de ligação crucial para as operações de contêineres, carga fracionada (breakbulk) e de veículos.

Em 2021, o Porto de Antuérpia-Bruges movimentou 14,2 milhões de TEUs, ocupando a 12ª posição no ranking global. Além disso, com 147 milhões de toneladas exportadas por ano, é o porto número um em exportação no continente europeu.

O Porto de Antuérpia-Bruges abriga 1.400 empresas e acomoda o maior cluster químico e petroquímico integrado da Europa. E proporciona, direta e indiretamente, cerca de 164.000 empregos, além de contar com um PIB de 21 bilhões de euros, o que equivale sozinho a 4,5% do PIB belga.

Sendo um porto multipropósito, o porto de Antuérpia-Bruges ocupa uma área de 14.322 hectares e possui infraestrutura para receber e operar navios que transportam diferentes tipos de carga.

O porto também conta com infraestrutura para receber navios de passageiros e com um terminal de GNL por onde passam 15% de todo o gás natural consumido na União Europeia. E mais que ser um porto multipropósito, o Porto de Antuérpia-Bruges é uma plataforma portuária, logística e industrial integrada, e por serem atividades complementárias, é uma sinergia única oferecida ao mercado que aumenta a eficiência de muitas cadeias de suprimento, explica Dolecki.

Além desta conectividade global e a quantidade de linhas de navegação que conectam o porto ao resto do mundo, vale ressaltar a sua conectividade terrestre e costeira.

“O Porto de Antuérpia-Bruges é um porto multimodal, estamos conectados às principais redes de transporte da Bélgica e da Europa, seja por rodovia, ferrovia, vias navegáveis ou dutovia. Outra grande vantagem e ativo que enxergo, é a nossa localização central na Europa. A um raio de 500 km do porto, você encontra 60% do poder de compra dos europeus. Em outras palavras, quer dizer que estamos próximos de grandes centros produtivos e de consumo. E logisticamente falando, isso significa mais eficiência a um custo menor.”

A maioria dos Operadores Logísticos do Porto de Antuérpia-Bruges oferece soluções completas e altamente especializadas, incluindo freight-forwarding, armazenagem, serviços logísticos que agregam valor à cadeia de suprimentos, despacho aduaneiro, representação fiscal e serviços de distribuição. Quase todos os armazéns dentro do porto, sejam eles para carga seca ou refrigerada, são alfandegados, o que permite dizer que, na prática, o porto funciona como uma zona franca virtual, já que os produtos a serem importados podem permanecer em tais instalações por tempo indeterminado antes do processo de importação, ou até mesmo podem ser reexportados. Os trâmites aduaneiros realizados no Porto de Antuérpia-Bruges podem ser realizados de forma antecipada e integrada, quando o produto a ser importado necessita ser inspecionado por mais de um órgão anuente, e todos estes trâmites valem para toda a União Europeia.

Empresas brasileiras

“Além das vantagens e benefícios oferecidos para empresas de todo o mundo que fazem comércio com a Europa, pelo fato de o porto possuir infraestrutura que permite transferir, transportar e armazenar uma grande quantidade de mercadorias, as empresas brasileiras também podem fazer do Porto de Antuérpia-Bruges sua porta de entrada na Europa e Centro de Distribuição no continente”, destaca Dolecki.

O Porto de Antuérpia-Bruges é o local de descarga e embarque de muitos produtos trocados entre o Brasil e a Europa, e tratando-se de contêineres, é o porto mais importante neste corredor logístico.

“Entre as várias mercadorias intercambiadas, podemos citar: polímeros, produtos químicos, siderúrgicos, automotivos, chapas de madeira, café, açúcar, suco de laranja, tabaco, entre outros. Destes produtos mencionados, vale destacar o café brasileiro e os polímeros. O Porto de Antuérpia-Bruges é o porto na Europa que mais movimenta o grão, seja com origem no próprio Brasil ou em outros países. Já para os polímeros, o porto é um grande Centro de Distribuição. Para ambos os produtos, o porto reúne empresas especializadas no transporte, manuseio e armazenagem, que oferecem serviços logísticos que agregam valor em suas respectivas cadeias de suprimento.”

Aeroporto de Bruxelas: espaço para 12 aviões cargueiros completos

Como um aeroporto nacional localizado no coração da Europa, o Aeroporto de Bruxelas é a porta de entrada ideal para Bruxelas, Bélgica e o resto do mundo, ressalta Sam Quintelier, gerente de Desenvolvimento de Negócios no Aeroporto de Bruxelas.

Ainda segundo ele, o aeroporto é, simultaneamente, uma cidade, cheia de atividade, inovação e engajamento. “Nosso papel como hub intermodal é um excelente exemplo. Ao alinhar todos os modais de transporte, aumentamos ativamente a acessibilidade e atraímos empresas estrangeiras. Isso resultou em um Airport Business District, onde a atividade crescente implica em uma fonte adicional de emprego. A título indicativo: o aeroporto é responsável por 60.000 empregos diretos e indiretos, em virtude tanto de seus voos comerciais, quanto das principais operações internacionais de carga.”

Quintelier diz, ainda, que a área de carga e logística do Aeroporto de Bruxelas, também conhecida como BRUcargo, situa-se a norte do aeroporto e abrange cerca de 130 hectares. Possui 147.000 m² de armazéns de primeira linha, 233.000 m² de armazéns de segunda linha, e está em constante expansão.

Além disso, o Aeroporto de Bruxelas tem a maior concentração de infraestruturas certificadas CEIV Pharma e vários armazéns para perecíveis com temperatura controlada. No pátio de 120.000 m² há espaço para 12 aviões cargueiros completos, o que resulta em curtos tempos de retorno e rápida liberação de mercadorias.

Foco no produto

O Aeroporto de Bruxelas tem um foco dedicado a produtos específicos, como os farmacêuticos, de comércio eletrônico, produtos frescos, como legumes, frutas e flores, e animais vivos. “Para esses produtos, é a porta de entrada perfeita para a Europa, devido aos curtos tempos de trânsito, ampla disponibilidade de caminhões e autoridades cooperativas. E se os produtos precisarem ficar um pouco mais no armazém do aeroporto, com temperatura controlada, isto é plenamente possível. Para animais vivos, há até um centro de inspeção e cuidados que pode ser comparado a um lounge de primeira classe, mas para animais”, comenta Quintelier.

Não apenas as inovações físicas são cruciais, mas também no lado digital, o Aeroporto de Bruxelas assume um papel de liderança. Por exemplo, com o BRUcloud, uma plataforma aberta de compartilhamento de dados para a comunidade BRUcargo.

Comparada a outros sistemas de comunidade de carga, a principal prioridade do BRUcloud não é digitalizar as mensagens e a comunicação entre os diferentes atores, mas possibilitar o compartilhamento de dados em um ambiente de nuvem. “Permite que os diferentes atores da cadeia de abastecimento de carga aérea trabalhem de forma mais ‘integrada’ e atuem como uma rede. Os dados serão armazenados apenas uma vez, de forma centralizada. Uma vez que uma empresa está conectada à nuvem, ela pode começar a usar os diferentes aplicativos existentes e pode trocar informações muito facilmente com outras partes interessadas, em vez de manter conexões de sistema para sistema com todos os diferentes parceiros individualmente.”

Finalizando, o gerente de Desenvolvimento de Negócios ressalta que o ambiente e o bem-estar dos residentes são centrais na estratégia do aeroporto.

“Nós nos esforçamos para manter um equilíbrio cuidadoso entre o crescimento econômico e um impacto controlado em nosso entorno. Isso é evidenciado por nossa neutralidade de CO2, estação própria de purificação de água, parques de painéis solares, esforços de redução de ruído e iniciativas de biodiversidade, etc.”

Nos próximos cinco anos, o Aeroporto de Bruxelas trabalhará com um consórcio de 21 parceiros em cerca de 30 projetos concretos para tornar a aviação e os aeroportos mais verdes e sustentáveis. “O projeto inclui a construção de uma instalação de mistura de biocombustível no aeroporto e uma inovação que tornará os testes de motores muito mais silenciosos. O Aeroporto de Bruxelas apresenta-se como um jogador responsável!” 

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