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Conteúdo 6 de junho de 2008

Estrago na inflação é apenas do trigo, diz Dieese

São poucos os produtos que fazem grandes "estragos" na inflação, afirma a coordenadora do Índice do Custo de Vida (ICV) do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Cornélia Nogueira Porto. E quase todos são derivados de trigo, como farinha de trigo (10,72% de alta), pão francês (5,7% mais caro), massas secas (5,08%) e pães industrializados (4,27%).

A coordenadora baseia nos preços do cereal a sua análise de que a inflação não é generalizada. E, ainda dentro da influência do trigo, destaca o subgrupo da indústria alimentícia, que subiu 1,6% no mês passado, com as maiores altas nos ítens massas, biscoitos e farinhas (2,89% de aumento) e artigos de panificação (4,54% mais caros).

Os demais itens que compõem esse subgrupo pouco variaram. O óleo de cozinha subiu 0,44%, muito menos do que em meses anteriores. Refeições fora do domicílio (1,23%) foi o subgrupo de alimentação com a menor taxa de crescimento.

"Dessa análise, o que se depreende é que poucos são os produtos que fazem grandes estragos na inflação. O subgrupo dos produtos in natura e semi-elaborados representa 11,7% dos gastos das famílias paulistanas, porém frango, carne bovina, leite in natura e arroz respondem por 57% desses gastos, como uma contribuição no cálculo do ICV deste mês de 0,36 ponto percentual", diz Cornélia.

As despesas das famílias com alimentos industrializados representam 10,21% do total do grupo, sendo que os derivados de trigo pesam 2% e contribuem com 0,1 ponto percentual. "Portanto, 8,62% das despesas das famílias são realizadas nesses oito alimentos que responderam por 0,46 ponto percentual da taxa geral", ressalta a coordenadora.

Ela salienta ainda que outros produtos já diminuíram ou reverteram as altas, como feijão (-10,29% em maio) e óleo de cozinha (-0,44%).
 

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