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Empresas 2 de dezembro de 2015

Pesquisa aponta que 70% das empresas poderiam ser mais competitivas em seus processos de exportação

A Thomson Reuters, provedor líder mundial de soluções e informações inteligentes para empresas e profissionais, e a KPMG, anunciam hoje no Brasil os resultados de uma pesquisa global inédita realizada com 446 especialistas e gestores de comércio exterior de 11 países diferentes: Argentina, Brasil, Chile, China, Colômbia, Coréia do Sul, Estados Unidos, India, Japão, México e Peru, a maior participação entre todos os países foi de executivos brasileiros.

De acordo com o levantamento, o processo de gestão das operações de importação e exportação é complexo e, para 2/3 dos respondentes, deve se tornar ainda mais complicado nos próximos 3 a 5 anos. Os maiores desafios que os gestores enfrentam atualmente estão relacionados aos processos manuais realizados em sistemas distintos e à complexidade das alterações normativas que no Brasil chegam em media a 3 alterações por dia útil, de acordo com  Associação de Comércio Exterior do Brasil, que podem afetar ao comércio exterior. Também foram mencionados como desafios importantes a interpretação de regras em diferentes países, a mudança de exigências junto a instituições públicas locais e a necessidade de lidar com processos antiquados. Os três fatores que, segundo os entrevistados, consomem mais tempo e recursos durante todo o processo são: documentação e licenciamento de importação, a gestão de despachantes aduaneiros e a classificação de importação de produtos. Adicionalmente, classificação, documentação e licenciamento de importação são vistos como atividades que criam os maiores riscos de multas ou elevados custos operacionais.

O estudo revelou também que 70% das empresas não estão utilizando os Tratados de Livre Comércio (FTAs, na sigla em inglês) disponíveis em seus países – o que mostra que, provavelmente, elas estão pagando mais do que o necessários em tarifas e impostos e, como consequencia, perdendo em competitividade no mercado internacional. Do total de respondentes, 79% mencionaram que os maiores obstáculos para utilização dos FTAs são as complexas regras de origem e a dificuldade para coletar documentação.

“A pesquisa mostra que muitas empresas enfrentam dificuldades para atender às complexas exigências de conformidade por meio de processos manuais ineficientes que podem expor suas empresas a riscos, consumir tempo e recursos, além de impedir maior disponibilidade para atividades que afetem diretamente seus resultados”, disse Taneli Ruda, diretor mundial da divisão de Gestão de Comércio Exterior da Thomson Reuters. Segundo ele, “o uso da tecnologia certa permite eliminar o retrabalho e possibilita que os gestores comparem e contrastem melhor as regras aduaneiras entre países para, dessa forma, assumirem um papel mais estratégico no planejamento e operação de suas organizações”.

Para Doug Zuvich, Senior Global Lead Partner Trade and Customs, KPMG LLP nos Estados Unidos, os resultados da pesquisa apontam uma mudança no cenário do comércio global.  “A cadeia global de supply chain está sendo redefinida. O ciclo de vida dos produtos continua diminuindo, a entrega das mercadorias aos clientes está sendo redesenhada e a tecnologia tem a capacidade de habilitar mais inovação nas áreas do comércio mundial inimagináveis há vários anos”.

Resultados destacados no Brasil

O Brasil representou 38% das respostas da pesquisa. Confira abaixo os principais resultados apontados localmente:

  • Quando perguntados sobre tempo e recursos alocados para as atividades relacionadas a comércio exterior, os fatores mais citados foram: documentação e licenciamento de importação (26%), gerenciamento de despachantes (23%) e classificação de produtos importados (23%);
  • Um total de 63% dos respondentes disse não usar plataformas e sistemas específicos para gestão das atividades de comércio exterior. Dentre eles, a falta de experiência prévia (22%) e a falta de suporte ou orçamento dentro da organização (30%) foram os itens mais citados para justificar esse não adoção. Os 37% que já fazem uso de sistemas de gestão explicaram as razões da não utilização das ferramentas em todas as operações de importação e exportação: a questão da limitação de budget obteve 17% das respostas e a existência de múltiplos sistemas de ERP, 27%;
  • No que diz respeito ao Acordos de Livre Comércio (FTAs), apenas 6% informaram usar mais de 10 dos acordos disponíveis em seus países; 9% utilizam de 6-9 FTAs; 24% utilizam entre 3-5; e 36%, até 2. Um quarto da amostra revelou não usar nenhum FTA. E ainda, 82% afirmaram não estarem utilizando todo o potencial dos FTAs. Como razões para esse quadro, os respondentes mencionaram a complexidade das regras de origem (39%); os desafios para obtenção de documentação dos fornecedores de matéria-prima (24%); falta de conhecimento da equipe interna (42%); alterações ao projeto de lei de origem de material e de sourcing (16%); falta de equipe focada no cumprimento regulatório dos FTAs (19%); e benefícios não compensam os riscos e os esforços a serem implementados (12%);
  • Sobre a utilização de Regimes Aduaneiros Especiais, 83% afirmam saber intermediário/superficialmente sobre os benefícios que eles proporcionam para as empresas, e apenas 17% alegam conhecer/beneficiar-se dos regimes disponíveis no Brasil.
  • Convidados a avaliar diferentes atividades relacionadas ao comércio exterior em relação ao risco de penalidades, outras sanções regulatórias e impacto de aumento do custo, 28% dos entrevistados consideraram a classificação de produtos de importação como a mais relevante. Os desafios mais citados para explicar isso foram: ambiguidade na descrição de produtos (45%); classificações diferentes em cada país (35%); eficiência no workflow de classificação (28%); e alterações frequentes nas regras de classificação do Governo (39%);
  • E sobre Trade-Compliance, 79% dos respondentes dizer ser necessário conhecer a reputação e seus clientes, fornecedores e parceiros, porém apenas 68% utilizam soluções tecnológicas para facilitar tal processo;
  • Como resultados adicionais do estudo, destaque para os 68% dos respondentes que indicaram ser muito importante poder contar com plataformas tecnológicas de gestão de comércio que se integrem com os sistemas ERP; e para os 60% que afirmaram terem feito análises específicas relativas a preços de transferência para garantir cumprimento aos requisitos aduaneiros.

“De uma maneira geral, os resultados desta pesquisa demonstram que ainda é baixa a utilização de tecnologia integrada para gerenciar as operações de comércio exterior, para fortalecer a estrutura de supply chain, elevar nível de competividade internacional das empresas  e mitigar riscos decorrentes de descumprimento regulatório”, comentou Menotti Franceschini, Diretor Geral da divisão de negócios de Gestão do Comércio Exterior da Thomson Reuters no Brasil. “Estamos vendo os clientes da Thomson Reuters utilizarem a tecnologia para transformar a gestão de suas operações de comércio exterior, o que lhes permite uma abordagem proativa e a utilização estratégica de programas de redução tarifária, no atual cenário econômico brasileiro, as empresas precisam garantir que estão utilizando todas as formas para serem mais competitivas e ampliar o cenário de comércio exterior brasileiro”, acrescenta.

Em 2013, quando decidiu iniciar sua operação no segmento de Gestão do Comércio Exterior,  a Thomson Reuters incorporou as marcas Softway, Softleasing e Trade-Easy, e, mais do que isso, a equipe reponsável pelo desenvolvimento das soluções, que acumula mais de 15 anos de atuação, experiência e reconhecimento no mercado nacional. Como parte do processo de evolução dos negócios, a marca Softway ganhou um novo branding: ONESOURCETM Global Trade (Powered by Softway), que é também o nome da nova plataforma global lançada neste ano em vários países. Ela permite às empresas obter uma visibilidade completa de seu processo de comércio internacional, de uma ponta a outra, o que reduz riscos, mantém conformidade com as regulamentações vigentes, permite movimentações rápidas e precisas, e, como consequências diretas, amplia o potencial competitivo e maximiza os lucros.

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