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Conteúdo 23 de março de 2009

Nada de voos baixos durante o ano de 2009

TAM focará na informação e rastreabilidade de seus envios; UPS, no aproveitamento da malha aérea; e ABSA, em intercâmbio de aeronave. Na verdade, todas têm perspectivas muito positivas para 2009.
 O ano está no começo e os planos estão sendo traçados. Como será 2009 para as empresas do segmento de transporte aéreo de carga é o que respondem algumas das principais representantes do setor, nesta matéria especial da revista Logweb.

Neste ano, a TAM Cargo (Fone: 0300 1159999) focará cada vez mais no desenvolvimento e na melhoria dos serviços prestados ao mercado, principalmente na informação e rastreabilidade de seus envios.

A empresa utiliza os porões das aeronaves da TAM para o transporte de cargas, não possuindo aeronaves cargueiras dedicadas. A TAM iniciou 2009 com uma frota operacional de 129 aeronaves, sendo 122 Airbus (20 A319, 81 A320, 3 A321, 16 A330 e 2 A340), 4 Boeings 777-300ER e 3 Boeings 767-300.

De acordo com Carlos Amodeo, diretor de cargas, o ano de 2008 foi de crescimento para a TAM Cargo, com investimentos da ordem de R$ 22 milhões em infraestrutura nos terminais de carga domésticos em todo o país. “Investimos aproximadamente outros R$ 8 milhões em sistemas de cargas nacional e internacional, o que permitiu à TAM Cargo ampliar a capacidade de movimentação de cargas e integrar ainda mais as gestões operacional, comercial e financeira”, declara.

Em agosto, foi inaugurado em Manaus, AM, o maior terminal de cargas da TAM Cargo no país, instalado em 11.000 m2, com área operacional de 2.160 m2, três vezes maior do que o antigo espaço na cidade, e 540 m2 de área administrativa/comercial, conforme noticiado na revista Logweb. Com capacidade para armazenar mais de 80 toneladas por dia, o novo terminal comporta um aumento de 35% em sua operação.

Amodeu conta que também em agosto a empresa colocou em operação o novo terminal de cargas domésticas no Aeroporto Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. As instalações ocupam uma área total de 1.200 m2 e têm capacidade para armazenar até 60 toneladas de carga por dia – quatro vezes mais do que o antigo terminal.

Ainda em 2008, a TAM colocou em operação quatro novas rotas internacionais de longo curso – Rio de Janeiro/Miami, Rio de Janeiro/Nova York, São Paulo/Lima e São Paulo/Orlando. “A expansão da malha aérea da companhia e os novos acordos com empresas aéreas e rodoviárias ampliaram ainda mais as opções dos clientes da TAM Cargo”, ressalta o diretor de cargas da empresa.

Ele continua, dizendo que no mercado doméstico foi reforçada a estratégia de utilização dos postos avançados – estruturas da TAM Cargo instaladas nos clientes. Segundo Amodeo, os postos permitem estreitar ainda mais a relação entre a TAM Cargo e o cliente, proporcionando um serviço mais ágil e personalizado.

Também em 2008, a TAM entrou na Star Alliance, a maior aliança global da aviação comercial, integrada atualmente por 21 das maiores companhias aéreas do mundo. “Foi um passo importante para o reconhecimento da empresa como companhia aérea de padrão global. Num prazo de 12 a 18 meses, entre outubro de 2009 e março de 2010, concluiremos o processo de integração à aliança e a TAM passará a compartilhar produtos e serviços em 1.000 aeroportos de 170 países nos quais a organização opera”, ressalta.
 
Melhor ­aproveitamento da malha aérea

Já na UPS Air Cargo (Fone: 11 5694.6600), os planos para 2009 são de crescer constantemente nos níveis de fatura­men­to, quando comparado com o ano passado, além de aumentar o aproveitamento da malha aérea, conforme revela Mauro Ribeiro, supervisor da empresa no Brasil.

A UPS Air Cargo opera mais de 121 aeroportos internacionais e 99 domésticos (EUA). De acordo com o profissional, a quantidade diária de vôos que a empresa possui em um momento igual a este que estamos vivendo, passa a ser um enorme diferencial competitivo. “Aproveitando nossa malha, podemos trazer aos nossos clientes ganhos de produtividade, fazendo com que eles possam ter seus produtos mais próximos aos seus consumidores no menor espaço de tempo possível, gerando novos negócios e receitas”, diz Ribeiro, mas, segundo ele, para atender aos clientes, a empresa não pode ficar trabalhando somente com essa iniciativa. “Estamos desenvolvendo novas conexões dentro de países que operamos na América Latina, como, por exemplo, Bogotá, onde fazemos conexões para vários países, não ficando limitados ao nosso hub em MIA”.

Também para atender a demandas específicas, a UPS está desenvolvendo destinos com o segundo trecho feito via terrestre. Para Ribeiro, isto se aplica onde o mercado tem a necessidade, mas tem dificuldades para encontrar soluções.
 

Aeroporto de Guarulhos processa mais de
240 mil toneladas de cargas em 2008

No período de janeiro a dezembro de 2008, o Terminal de Logística da Infraero, no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, registrou movimentação de 241,3 mil toneladas de cargas de importação e exportação. O montante significa uma queda no movimento anual de 0,7% em relação ao ano anterior.

Nos doze meses do ano passado foram movimentados 5,7 milhões de volumes pelo terminal de logística de carga do aeroporto, um crescimento de 0,9% em relação aos números de 2007. Uma média mensal de 477.000 itens, ou 20.000 toneladas.

Em 2008, o Terminal de Importação da Infraero registrou um crescimento de 0,9% em relação a 2007. Em todo o ano, 130.213 toneladas de cargas tiveram acesso ao setor, ou 2,7 milhões de volumes. Somente em dezembro, foram 7.087 toneladas de cargas importadas.

Já o Terminal de Exportação registrou um recuo de 2,47% na tonelagem de cargas manipuladas em 2008. Ao longo do ano, 111.163 toneladas de materiais foram processadas pelo setor, das quais 7.025 somente em dezembro. O índice significa um montante de 3 milhões de volumes processados, 4,6% a menos que em 2007.

Dentre os 33 terminais de logística de carga administrados pela Infraero, o Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos é o mais movimentado da rede, seguido pelos terminais de Viracopos/Campinas, Galeão/RJ e Manaus/AM.

Consolidação

Para a ABSA Cargo Airline (Fone: 0300 7882272), 2009 representará um ano de conso­­li­dação da rede internacional, tanto no que diz respeito a destinos quanto a número de frequências de vôo. A companhia também irá intensificar a uti­li­­za­ção temporária e esporádica de aeronaves cargueiras da congênere Lan Cargo em rotas de/para o exterior, tendo como base o arrendamento pela modalidade de “intercâmbio de aeronave”.

Segundo o presidente da ABSA Cargo Airline, Norberto Jochmann, existem ainda boas possibilidades de a companhia vir a efetuar uma série de vôos entre Miami e destinos na América Central e Equador por encargo da parceira Lan Cargo. “Contudo, uma grande parte de nossas atividades estará concentrada na implementação de uma malha doméstica para a ABSA, cujo esperado êxito irá em muito facilitar a incorporação à nossa frota, ainda neste ano, de uma aeronave exclu­si­vamente cargueira adicional”, destaca o profissional.

A ABSA também retomou os vôos nacionais, passando a dedicar, exclusivamente ao segmento doméstico, uma aeronave Boeing 767-300F com capacidade para transporte de 57 toneladas de carga. As operações já começam em março de 2009, ligando, de terça a sábado, as cidades de São Paulo e Manaus. “A disponibilidade de uma aeronave de alto desempenho significa maiores índices de competitividade e segurança em todos os aspectos – capacidade de transporte, confiabilidade quanto à programação e cumprimento dos vôos, bem como toda a qualidade já atestada nas demais rotas atendidas por uma aeronave com este desempenho”, destaca Felipe Meyer, diretor comercial da empresa.

A ABSA projeta uma movi­men­tação de aproximadamente 20 mil toneladas na sua nova oferta de rota, a São Paulo – Manaus – São Paulo até o final de 2009. “Nossa meta é alcan­çar 30% de participação neste mercado no primeiro ano de operação. É a primeira vez, após anos, que os usuários deste serviço contarão com vôos operados em horários fixos e adequados às suas necessidades e, melhor, utilizando uma aeronave nova, genuinamente cargueira e extremamente eficien­te”, afirma Alexandre Silva, gerente regional de vendas.

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