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Conteúdo 10 de setembro de 2008

Onda de pânico nos mercados mundiais

Temor de retração da economia mundial voltou a ganhar força, afetando as bolsas de valores e os preços das commodities em todo o mundo. Uma onda de pânico que ontem atingiu os mercados financeiros globais fez novos estragos no Brasil. O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) perdeu 4,5%, terceira maior queda de 2008.

O dólar subiu 2,07%, para R$ 1,772, valor mais alto desde 30 de janeiro. Entre 20 de maio, quando atingiu a pontuação máxima, e ontem, o Ibovespa caiu 34%. A moeda americana avançou 13% ante a brasileira desde a menor cotação dos últimos anos, registrada no dia 31 de julho (R$ 1,562).

No exterior, o otimismo da segunda-feira, provocado pelo socorro do governo dos EUA às agências hipotecárias Fannie Mae e Freddie Mac, foi substituído por um sentimento que muitos analistas chamaram de realismo. Segundo essa avaliação, as perspectivas para a economia global são as piores desde o início da década.

O Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, despencou 2,43% e o Nasdaq perdeu 2,64%. O CAC-40, da Bolsa de Paris, recuou 1,08% e o FTSE, de Londres, 0,56%. Se já não bastasse o pessimismo com a situação econômica mundial, o temor em relação à saúde do banco de investimentos americano Lehman Brothers voltou com força. O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) Alan Greenspan disse que a falência de mais bancos comerciais no país é "inevitável", principalmente por causa do excesso de empréstimos.

A expectativa de menor crescimento global em 2008 e 2009 voltou a castigar as principais commodities. O barril do petróleo negociado em Nova York caiu para o menor preço desde 1º de abril, cotado a US$ 103,26 (leia mais sobre o petróleo nesta página). Com isso, as ações PN da Petrobras perderam 6,27% e as ON, 6,63%.

O economista-chefe do BES Investimento, Jankiel Santos, destacou que muitas economias da Europa, além do Japão, já enfrentam retração. Nos Estados Unidos, a recuperação da atividade econômica levará mais tempo do que se pensava. "Ganhou força a percepção de que os emergentes não vão segurar esse rojão", afirmou Santos. Por isso, nas últimas semanas, os investidores estrangeiros têm saído em massa do Brasil.

Prejuízos

O valor de mercado das empresas com capital aberto listadas na Bovespa caiu abaixo de US$ 1 trilhão, depois de 12 meses acima desse patamar, segundo levantamento feito pela consultoria Economatica. O total registrado até ontem somou US$ 972 bilhões, montante próximo ao de agosto de 2007. O ponto mais elevado foi apurado no fim de maio deste ano, quando atingiram US$ 1,4 trilhão. Desde então, as empresas perderam US$ 432 bilhões.

A chamada capitalização das companhias na bolsa cai há quatro meses consecutivos. Petrobras e Vale, as duas maiores empresas por valor de mercado, têm queda de US$ 184 bilhões no período de maio a setembro – queda de 38,9% da capitalização consolidada, de acordo com a Economatica. Entre maio e o dia 8 deste mês, a Petrobras teve queda de US$ 117 bilhões, enquanto a Vale registrou desvalorização de US$ 67 bilhões.

 

Fonte: Diário do Comércio – www.dcomercio.com.br

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