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Conteúdo 19 de setembro de 2006

Originais x “paralelas”. Como escolher?

Nem sempre qualidade e preço caminham juntos. Segurança, garantia, custo-benefício e procedência devem ser considerados. Também é preciso atentar-se às especificações corretas das peças, às vezes, a diferença está apenas na inserção da logomarca.

Peças, para muitos usuários, são apenas peças, ou seja, e só montar que funciona! “Na verdade não é bem assim. A maioria preocupa-se apenas com o preço de compra, esquecendo-se que isto não é o suficiente para garantir economia e satisfação. Para que o negócio seja bom, as peças, além qualidade, têm de ter procedência.” A avaliação é de Newton Santos, gerente geral da Intrupa (Fone: 11 6653.7113).
Sobre a diferença entre peças originais e “paralelas”, ele acredita que se tem um dilema muito interessante que confunde freqüentemente o cliente. “Se as peças oferecidas têm procedência, ou seja, atendem às especificações do fabricante em todos os quesitos de fabricação e segurança, são consideradas originais. Quando estas mesmas peças são fornecidas em embalagens com a logomarca dos fabricantes, são chamadas de genuínas. Quase sempre são os mesmos componentes alternativos, porém são comercializados de formas diferentes. Aí é que está a diferença – a maneira de comercializar é que distingue os produtos uns dos outros. Quando o cliente compra um componente genuíno ele sabe que este produto está assegurado pela fábrica e pelos seus representantes da cadeia de negócios. Pode até ser que o produto genuíno não tenha a mesma qualidade de um produto alternativo, mas tem o respaldo do fabricante”, diz.
Pelo seu lado, Cláudio Nunes, supervisor de vendas de peças da Linde (Fone: 11 3604.4755), ressalta que a reposição e a aplicação correta das peças originais do equipamento são a garantia de que ele manterá suas características e a performance para a qual foi projetado e dimensionado.
Segundo ele, as diferenças que há entre uma peça original e outra similar no mercado “paralelo” podem ser da parte construtiva e de qualidade, “sendo que essas são mais fáceis de observar e do mercado rejeitar caso não atendam às expectativas. E há, também, peças iguais, mas com origens diferentes”, informa.
Para ele, atualmente, há itens que correspondem às especificações originais e ainda assim não podem ser consideradas boas opções.
“Componentes como filtros, pneus e rolamentos, por exemplo, trazem gravados no próprio corpo da peça sua dimensão, características técnicas e até mesmo o fabricante, assim pode-se imaginar que repondo um item que corresponda a essas mesmas denominações o equipamento está sendo mantido de acordo”, assinala.
Entretanto, continua Nunes, por tratarem-se de itens de grande giro, peças assim se tornam alvos de importações irregulares e até mesmo de roubo de carga. Assim – de acordo com o representante da Linde – deixam de ser um problema de segurança da máquina para se somar ao problema de segurança pública e responsabilidade social.
Sobre a questão de valor versus qualidade, Marco Carmacio, national sales manager da Dabo Brasil/Clark (Fone: 19 3881. 1599), relata: “existem diversos fornecedores de peças de reposição no mercado. Muitos deles apenas copiam ou pirateiam peças, sem obedecer às mínimas normas técnicas ou características mecânicas, que em muitos casos requerem tratamentos especiais para sua longevidade. Portanto, uma peça não genuína Clark com preço inicial menor, certamente acabará custando mais ao cliente, ao longo do tempo”, avisa.
Segundo Carmacio, hoje não existe mais o mito de que peças originais são muito mais caras que peças do mercado paralelo, ou seja, em muitos casos a peça original tem um custo de aquisição até menor que a peça do mercado paralelo.
Ele esclarece que, atualmente, os fabricantes em geral têm vendido um grande volume de equipamentos novos, com isso, são desenvolvidos fornecedores de alta qualidade que vendem um grande volume de peças de reposição, sejam elas para a linha de montagem ou para a reposição. “Com o aumento de volume desses itens, o preço foi reduzido e é repassado diretamente aos consumidores e usuários finais”, diz.
Sobre a aplicação de peças originais, Carmacio acredita que ela traz vários benéficos ao usuário final, como garantia que a máquina permanecerá trabalhando sem a necessidade de intervenções corretivas e maior produtividade e disponibilidade da frota. “Com isso, os custos de manutenção e operacional também são reduzidos”, completa.
Jorge Luís Santana, supervisor de serviços da Makena, Máquinas, Empilhadeiras e Lubrificantes (Fone: 51 3373.1115), toca no mesmo ponto: “o uso de peças originais é vital. Uma peça de baixa qualidade oferece uma falsa idéia de economia, pois sua vida útil é menor e sua performance inferior afeta o funcionamento dos componentes que trabalham em conjunto”.
Para Santana, peças originais custam mais, mas duram de 3 a 4 vezes o tempo de uma peça paralela e com performance muito superior. Conforme conta, o mercado paralelo tem oferecido componentes que aparentemente possuem alguma qualidade, mas são produzidos sem o critério necessário para que possam executar a função a que são destinados. “Um caso muito comum são os filtros, cujos componentes internos não possuem as características necessárias para uma boa filtragem, com malhas dilatadas e de má qualidade, além de válvulas que simplesmente não vedam. Componentes de importância maior, como anéis de vedação, bombas e eletrônicos, são um verdadeiro suicídio técnico”, exemplifica.
Financeiramente, de acordo com ele, esta prática se mostra negativa a curto prazo. “A segurança é diretamente afetada, pois não se pode confiar em partes com origem e qualidade duvidosa”, expõe.

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