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Conteúdo 27 de abril de 2009

Roterdã quer participar do gerenciamento dos portos brasileiros

A força do Porto de Roterdã ultrapassa as fronteiras das operações portuárias em território holandês. O sétimo porto que mais movimenta contêineres no planeta, e o primeiro da lista entre os portos europeus, presta consultoria e mantém parcerias com inúmeros complexos portuários mundo afora. No Brasil, o objetivo da Autoridade Portuária de Roterdã é participar do gerenciamento dos portos do País, conforme afirmou o CEO (chief executive officer) Hans Smits, durante visita a São Paulo, realizada na última semana.

O Porto de Suape, em Pernambuco, é o primeiro alvo dos holandeses desde o final do ano passado, quando foi firmado um acordo de cooperação técnica entre os dois portos. As duas regiões, inclusive, têm estreita relação histórica com o domínio holandês de 24 anos em Pernambuco no século XVII, criando importantes personagens da época como o conde Maurício de Nassau. De acordo com Smits, a aproximação atual tem como objetivo desenvolver um plano diretor para Suape, assim como dotar o porto pernambucano de eficiência para estar entre os principais do Brasil.

A Autoridade Portuária de Roterdã, explicou Hans Smits, vem mantendo diálogo com diferentes esferas do Poder Público brasileiro e espera desempenhar importante função na arrancada que Suape almeja dar a partir desse ano, com a internacionalização de seu complexo portuário. O executivo adianta, entretanto, que os holandeses não planejam operar terminais portuários ou instalar unidades industriais, ficando apenas no campo da gestão portuária.

Questionado por PortoGente se a Autoridade Portuária de Roterdã planeja desempenhar papel similar em outros portos do Norte e do Nordeste do Brasil – que apresentam grande potencial de expansão -, Smits não descartou a empreitada, mas salientou que “nessa fase número 1, a parceria é apenas com Suape; nas fases 2 ou 3, poderemos estar com outros portos”, salientou, sem especificar cronograma para conclusão de cada uma das fases citadas.

Energia

O Porto de Roterdã é o quarto principal destino das cargas exportadas pelo Brasil e recebe grandes carregamentos de grãos e de suco de laranja. Mas o CEO da Autoridade Portuária local não esconde que é o etanol brasileiro que mais chama atenção de sua gestão. O objetivo de Smits é ampliar a importação do biocombustível para abastecer o mercado europeu, ávido por diminuir a utilização de combustíveis poluentes e não renováveis.

O porto holandês tem capacidade para receber cerca de três bilhões de litros de biocombustível anualmente. Um terço dessa quantidade – um bilhão – já é enviado pelo Brasil ao Velho Continente, sendo que 90% desse total tem Roterdã como porta de entrada. Apesar de operar quase no limite, o Porto de Santos, o principal da América Latina, é visto como atraente ponto de importação pelos holandeses, especialmente porque será o local de desembocadura de um alcooduto de 1.120 quilômetros desenvolvido pela empresa Brenco, com origem no município de Alto Taquari (MT).

Fonte: PortoGente – www.portogente.com.br

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