Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 10 de setembro de 2002

Um olhar dos profissionais sobre os efeitos das mudanças políticas no setor

Como deve se portar o setor de logística diante das próximas eleições, que mudam completamente o cenário político brasileiro?
E (2) como se comportará a economia brasileira em 2003, independentemente de quem seja eleito presidente da república? Quais os reflexos particularmente no setor de logística?
Nós, do LogWeb, acreditamos que, melhor do que ninguém, os próprios profissionais que atuam no setor podem fazer este “trabalho de adivinhação”, com base no que enfrentam no seu dia-a-dia. Assim, diretores e gerentes das diversas empresas que integram o segmento, além do presidente da ABML – Associação Brasileira de Movimentação e Logística, expõem suas perspectivas, algumas otimistas, outras, nem tanto.
Se estes posicionamentos podem servir de balizamento para a tomada de decisão por parte das empresas nos próximos meses, fica a critério de cada uma. Veja o que pensam os nossos 33 entrevistados.

  • “No final do ano passado, tínhamos uma perspectiva de que os setores representados pela ABML cresceriam, em média ponderada, algo em torno de 10%. Logicamente, este índice, impulsionado pelo setor de serviços logísticos, que tem crescido de forma significativa nos últimos 3 anos. Entretanto, o segmento de Movimentação e Logística não está alheio à realidade, ou seja, à volatilidade do mercado internacional e à instabilidade do mercado nacional, associadas às campanhas eleitorais. Desta forma, já observamos alguns segmentos de equipamentos projetando uma retração para este ano. Neste momento, estamos revendo nossas perspectivas para um crescimento próximo de 7%. Ainda assim, bem acima do PIB projetado para 2002. (2) É natural que tenhamos um início de ano fundamentado em ajustes, tanto em função do novo presidente, como de rastros deixados pelo atual cenário econômico. Entretanto, o setor de Movimentação e Logística tem apresentado, nos últimos anos, grande vitalidade, em que pesam as turbulências que ocorreram. Somos sempre otimistas.
    Acreditamos num crescimento ponderado próximo dos 10%.”
    Pedro Moreira, Presidente da ABML – Associação Brasileira de Logística e Movimentação
  • “Creio que não podemos restringir as expectativas somente às eleições, por mais que isso possa afetar o dia a dia das empresas. Precisamos considerar, também, o desenrolar da economia internacional. Mas, infelizmente, o fantasma das eleições está prejudicando negativamente as tomadas de decisões até o conhecimento do novo presidente, e isso desacelera a economia. (2) As empresas brasileiras, após longo de período de turbulências, estão num nível de amadurecimento que as coloca em condições de competir com outros mercados, independente do presidente eleito. Entretanto, o ano será difícil, pois não só o Brasil passa por mudanças: elas são globais, e toda mudança traz sofrimentos para as empresas e a sociedade em geral.”
    Percival Margato Júnior, Diretor da Abrange Logística
  • “Acredito que nestes últimos meses do ano de 2002 o mercado mantenha-se no mesmo patamar deste primeiro semestre. Não creio em crescimento, pois as eleições, ou melhor, as expectativas com o novo governo retraem os investimentos. Já no próximo ano, com a definição das eleições, o mercado tende a acalmar e o Brasil voltar a crescer.”
    Robson Gonçalves Ribeiro, Gerente Comercial da Águia Sistemas de Armazenagem
  • “Acreditamos que o mercado ainda se manterá reprimido, porém com ligeira melhora quando comparado aos meses anteriores, pois a tendência histórica e a necessidade farão com que os clientes voltem a investir em equipamentos. (2) O crescimento – comparado a este ano – será inevitável, porém não será tão significativo quanto nos anos anteriores. A grande verdade é que, enquanto o câmbio não apresentar tendência de baixa, mesmo que a taxas mínimas e constantes, o mercado não reagirá o suficiente para manter o nível do crescimento industrial nacional.”
    aolino De Montis, Gerente Geral da Ameise Jungheinrich do Brasil,
  • “Pensamos que o mercado tende a aquecer, independentemente das eleições, porque a economia parece estar equacionando os seus principais problemas e enfrentando aspectos positivos, e, qualquer que seja o novo presidente, terá que realizar uma política econômica não muito diferente da que vem sendo praticada nos últimos anos. (2) Para o próximo ano, as perspectivas são de consolidação de uma política de exportação mais agressiva, processo de substituição de importações, crescimento da capacidade competitiva, ligeira queda da taxa de juros e estabilização do câmbio em torno de R$ 3,00/3,30 por U$.”
    Eugenio Zamperlini, Diretor da Braslift Equipamentos e Logística
  • “Em nossa opinião, de um modo geral, o mercado permanecerá em compasso de espera até a definição do próximo Presidente e sua equipe. Excepcionalmente, alguns setores devem ser privilegiados com a alta do dólar e investimentos do Governo, estimulando as exportações . (2) Nossa perspectiva é otimista, pois sempre sobrevivemos às pressões Internacionais, especulação monetária, indefinições políticas e risco Brasil. O mercado já está a um bom tempo retraído, assim acreditamos que, em 2003, as coisas começarão a rodar novamente.”
    Leandro Prado, gerente de marketing da Crow Matec Comércio e Representações
  • Enersys
    Savoy
    Retrak
    postal