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Conteúdo 13 de maio de 2010

Vale inicia a duplicação da EF Carajás em junho

No dia 26 de junho próximo, a Vale iniciará a duplicação da Estrada de Ferro Carajás. O projeto era de 2007, mas teve que esperar a retomada no mercado de minério agora em 2010 – e o esgotamento da capacidade da ferrovia – para ver programado, efetivamente, o seu início.

Em 2009, a EF Carajás transportou 96,3 milhões de toneladas, quase atingindo a capacidade atual, de 100 milhões de toneladas. A duplicação aumenta a capacidade da ferrovia para escoar o minério de Carajás e a torna capaz de receber o minério ainda não explorado de Serra Sul, no município de Canaã dos Carajás, que contém uma reserva maior ainda do que a de Carajás.

A duplicação era inicialmente prevista para 560 km dos 892 km da ferrovia, entre São Luís (MA) e Carajás (PA). Na ocasião, o valor estimado da obra era de 350 milhões de dólares. Posteriormente a duplicação foi estendida para 604 km. É o suficiente para inteligar os 56 pátios de cruzamento ao longo de toda a ferrovia, criando uma segunda linha ao longo de toda a extensão. Apenas as obras de arte – como a ponte sobre o Rio Tocantins, com 2.340 m de extensão – conservarão a via singela.

O equipamento para assentamento da grade já foi adquirido e está sendo finalizado na fábrica da Harsco nos Estados Unidos: é a New Track Construction Machine (Máquina de Construção de Vias Novas), um conjunto de maquinismos com 45 metros de extensão capaz de: 1) dispor os dormentes no espaçamento correto; 2) posicionar os trilhos longos soldados sobre as placas dos dormentes; e 3) fixar os grampos automaticamente com o auxílio de um mecanismo chamado “nippler-clipper”. O equipamento opera de forma contínua, dependendo apenas do abastecimento dos dormentes – que serão de concreto no caso da EF Carajás – e dos trilhos – que serão soldados em estaleiro em barras longas de 386 metros. Nos Estados Unidos, onde é largamente usado, a NTC pode assentar 2 km de via em 10 horas de trabalho sem interrupção.

A duplicação da ferrovia soma-se a uma série de melhorias que vem sendo feitas nos último quatro anos, como o aumento do peso por eixo para 37,5 toneladas, o emprego de trem tipo de 330 vagões e a utilização de locomotivas de 5.500 HP.

Fonte: Revista Ferroviária

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