Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 1 de agosto de 2011

O transporte pode se tornar inviável nas cidades

Esta é e será cada vez mais uma preocupação de todo cidadão que no dia a dia depende da capacidade da via pública, sejam ruas, avenidas e rodovias, para suportar o movimento crescente de ônibus, automóveis, motocicletas e caminhões de diversos tipos, que ocupam e dividem o já limitado espaço dessas vias.

O país, a região e a cidade de Jundiaí tem vivido e ainda viverão momentos únicos de desenvolvimento e força econômica. E este assunto é tão importante e fundamental quanto falarmos sobre a saúde e a educação porque, tudo e qualquer coisa que busquemos e compremos depende da capacidade de movimentação, sejam de cargas sejam de pessoas.

Quem já não viveu situações estressantes no trânsito em momentos de pico ou mesmo em qualquer horário do dia?

As rodovias, principalmente as que se encontram no quadrilátero localizado entre as cidades de Campinas, Sorocaba, Santos e Vale do Paraíba, e aqui inserem-se as regiões de Jundiaí e a da Capital, mais parecem avenidas congestionadas que auto estradas.

Como serão os próximos anos, com o crescimento da nossa economia e a necessidade cada vez maior de mobilidade urbana e regional?  – Não devemos, em hipótese alguma nos furtar desse questionamento, pois vai piorar!

Uma das preocupações para todos nós e especialmente para as empresas produtoras e prestadoras de serviços, será evidentemente como manter a condição atual, de atendimento e preços, entre outros, apesar da combalida infraestrutura existente e demandante de tantos investimentos…

E por falar em investimentos, vem aí a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

Existem soluções?

•        VLT – Veículo Leve sobre Trilhos municipal?

•        TAV – Trem de Alta Velocidade ligando Campinas a São Paulo e Rio de Janeiro?

•        TEB – Trem Expresso Bandeirantes ligando Campinas a Jundiaí e São Paulo?

•        Metrô?

•        Transporte Ferroviário de Cargas que retirará mais e mais caminhões das estradas transferindo para as ferrovias e com isso contribuirá também para o Meio Ambiente?

•        Terminais Intermodais de Cargas para armazenagem e transferência de mercadorias entre caminhões, vagões, navios e aviões?

•        Condomínios Logísticos?

•        EADI – Estação Aduaneira do Interior que interioriza as cargas de importação e exportação?
•        REDEX – Recintos Especiais para Desembaraço Aduaneiro de Exportação?

•        Revisão das políticas públicas voltadas para os preços do transporte urbano?

Sim, existem soluções, pois afinal não será mais possível construir ruas, avenidas e rodovias, baseada numa cultura rodoviarista como fator de crescimento e desenvolvimento, como tem sido feito a muitas décadas.

Qual sua opinião, uma vez que você vive e viverá isso tudo no seu dia a dia e no seu bolso?
Será que queremos e teremos uma cidade e região, como hoje ocorrem diariamente na Grande São Paulo, congestionamentos monstros da ordem de até 100 quilômetros ou mais?

Parece que estamos caminhando para isso….e as cidades inexoravelmente se tornarão inviáveis!
A sociedade civil organizada, as diversas entidades, o poder público e a iniciativa privada devem urgentemente mobilizar-se em torno deste tema e exigirem que os tão necessários investimentos ocorram e com muita rapidez.

Infelizmente não podemos nos comparar com uma China, por exemplo, que investe pesadamente parte do seu PIB na infraestrutura (Portos, Rodovias, Ferrovias, Aeroportos, etc.) mas devemos e precisamos “correr atrás desse enorme prejuízo”.

Gilson Aparecido Pichioli é vice-presidente Executivo e de Infra-Estrutura e Logística Multimodal da ABEPL.

 

Enersys
Savoy
Retrak
postal